Alta montanha em Mendoza: um passeio clássico pelos Andes
Quem chega a Mendoza logo percebe que um dos roteiros turísticos mais oferecidos na cidade é o chamado “Alta Montanha”. A montanha, claro, é a cordilheira dos Andes, que toma conta do horizonte e molda cenários de cair o queixo.
E aqui vão todas as dicas para você fazer esse que é um dos passeios mais vendidos em Mendoza, incluindo detalhes como duração, paradas em pontos turísticos, paisagens do caminho e se vale a pena fazer.
Aqui você vai ver:
Passeio Alta Montanha em Mendoza
Devido à alta demanda e à oferta ainda maior, o passeio Alta Montanha não sai caro e não é preciso comprar com muita antecedência.
Basta sair por Mendoza em horário comercial, entrar em alguma das dezenas de operadoras de roteiros turísticos e perguntar pelo Alta Montanha.
Mas, se for em alta temporada, como em meses de férias e feriados prolongados, ou se tiver pouco tempo em Mendoza, aí sim é melhor chegar com o passeio reservado.
› Valor do passeio
Para reservas online, em grandes agências de viagem, o passeio básico custa em média 50 dólares. Por exemplo, é possível agendar o tour neste site, por uma agência multinacional, que opera com parceiros locais em Mendoza.
Caso você deixe para comprar em Mendoza, diretamente com as empresas que realizam o passeio, é possível encontrar valores bem mais um conta. Dessa forma fica mais fácil entender outras formas de fazer o passeio, pois há alguns roteiros mais incrementados.
Não vou falar de preços em pesos argentinos devido à grande volatilidade da moeda. Sobre esse assunto, recomendo o post Câmbio na Argentina, onde tem dicas sobre cartões de crédito e que moeda levar.
› Trajeto do passeio
Na saída de Mendoza, vinhedos verdejantes por todos os lados. Ao fundo, a silhueta da cordilheira dos Andes vai se ampliando e ganhando cor na medida em que o ônibus avança. Os campos vão dando lugar a terrenos mais desérticos, com rios, corredeiras e grandes rochas.
O frio aumenta, mas é só olhar pela janela e entender o motivo: picos nevados cada vez mais próximos. Se a viagem é no inverno, a neve já toma conta da estrada. Aliás, torça para que uma nevasca não cancele seu passeio Alta Montanha.
Na ocasião do meu passeio, as estradas estavam em boas condições e com trânsito leve. A viagem é longa, sendo percorridos pouco mais de 200 quilômetros na ida, até a fronteira com o Chile.
› Montanha Aconcágua
A essa altura, já em meio aos Andes, a excursão percorre a famosa RUTA 7, uma audaciosa “carretera” que passa por lugares com vista para o Aconcágua, a mais alta montanha das Américas e do hemisfério sul, com seus 6.962 metros de altitude.
A van fez uma rápida parada do melhor ponto para tirarmos fotos do Aconcágua. Confesso que, em meio a tantas outras montanhas, ela não chama tanta atenção.
A Ruta Nacional 7 troca de nome após a fronteira com o Chile, onde passa a se chamar Ruta 60. É no trecho chileno da estrada que estão as famosas – e perigosas – curvas conhecidas como Los Caracoles. Mas isso é assunto pra uma outra oportunidade.
› Cristo Redentor de Los Andes
Outro ponto de destaque no passeio é a subida ao Cristo Redentor de Los Andes, escultura do argentino Mateo Alonso, localizada a quase 4.000 metros de altitude.
O monumento está exatamente na fronteira entre Chile e Argentina, com as respectivas bandeiras demarcando cada território. Ótimo local para tirar fotos.
Mas nem sempre é possível subir ao Cristo Redentor, como em dias de nevasca ou chuvas fortes, que tornam perigoso o acesso de van. Caso vá no inverno para Mendoza, é provável que não consiga fazer essa visita.
› Estações de esqui
As estações de esqui pelo caminho também chamam a atenção. No inverno, é possível observar o movimento de turistas e o vaivém de esquis pelas montanhas.
No verão e outros meses sem neve, é interessante observar a paisagem seca e os terrenos cheios de cascalho, com os hotéis resorts de ski parecendo cidades fantasmas.
Assim como os teleféricos, totalmente parados e sem sentido na paisagem.
› Puente del Inca
Uma das últimas paradas do roteiro é em Puente del Inca, uma construção do antigo império andino, hoje atração turística e vilarejo que vive à base da venda de souvenires.
E o cenário de Puente del Inca também varia muito ao longo do ano. Repare na diferença entre as duas fotos acima.
Na primeira, Puente del Inca num lindo dia de primavera. Já na segunda foto, no inverno, o local está todo coberto de neve.
› Retorno a Mendoza
Na chegada a Mendoza, depois de 12 horas em um passeio que percorre centenas de quilômetros, nada mais justo do que saborear um bom chorizo argentino com um vinho de Mendoza.
Por isso, veja algumas sugestões de restaurantes em nossas Dicas de Mendoza, um guia completo com as informações mais importantes para sua viagem.
› Organize sua viagem a Mendoza
Além do tour Alta Montanha, Mendoza reserva muito mais passeios imperdíveis, como cavalgadas e degustações em vinícolas, além de atividades sazonais, como determinados esportes de aventura, esquia nas montanhas próximas e atividades culturais e gastronômicas no centro da cidade.
E aqui no blog você descobre como aproveitar cada uma das melhores atividades disponíveis em Mendoza, e ainda vê como montar seu roteiro incluindo outros destinos como Buenos Aires, Santiago do Chile, Bariloche e Vinã del Mar, entre outros.
Veja também:
- Onde ficar em El Calafate
- Onde ficar em Pucón
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- O que fazer em Santiago do Chile
Créditos: a foto do Cristo Redentor de Los Andes é de Gustavo, com direitos autorais livres (CC). Demais imagens pertencem ao acervo do blog buenasdicas.com.
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Excelente post. Obrigada pelas ótimas dicas.
Passeio clássico, vai gostar!
Que roupa levar nesse passeio no verão?
Oi Adler. Eu fui de calça jeans, tênis normal, camiseta e jaqueta robusta, além de luva de lã e cachecol. Foi suficiente, afinal se passa boa parte do tempo dentro da vã. Lembrando que fui no outono, então no inverno o clima deve ser mais frio e no verão um pouco mais ameno.
Ótima dica! Irei incluir no meu programa de viagem!