6 bebidas típicas indispensáveis no Chile

Viajar, sem dúvidas, é experimentar. E uma coisa que eu experimento sem parar são as bebidas típicas. Ainda mais no Chile, país de tradições e frutas deliciosas, da Patagônia ao extremo norte do Atacama.

Como gosto é gosto e não se discute, já viram que esse post é altamente pessoal e nada imparcial. Então vamos logo às 5 bebidas típicas que, além de serem minhas favoritas no Chile, considero essenciais em uma viagem ao país.

Veja também: Comidas típicas do Chile

1. Suco de Framboesa

Como assim suco de framboesa? Pode acreditar. Já provei alguns por aí, e afirmo sem medo de errar que o suco de framboesa do Chile é o melhor do mundo, até que me provem o contrário.

Talvez seja pelo vento gelado da Patagônia, onde são cultivadas as framboesas chilenas. Talvez seja só o acaso.

Entre alguns copos bem gelados e sensacionais, não esqueço do primeiro que tomei, bem no centro de Santiago, num restaurante próximo à Plaza de Armas. O almoço, um congrío rosa, estava bem mais ou menos, mas o suco de framboesa ficou na memória.

EXTRA: outro suco famoso no Chile e oferecido na maioria dos bares e restaurantes, é o o suco de chirimoya – em português, cherimoia. A fruta é nativa da América do Sul e seu aspecto lembra a Fruta do Conde e a Atemoia. O suco costumo ser suave e adocicado.

4. Vinho

Não sou fã de vinho. Na verdade, mal consigo tomar um gole. Mas no Chile, e somente lá, gosto de tomar os vinhos locais, sem muita distinção. Sei lá o motivo, acho que faz parte da imersão cultural.

Lembro de um Casillero del Diablo muito bom que tomei em Viña del Mar, idêntico aos que vendem por aqui no Brasil, só que a preço de banana. Imperdíveis também são aqueles que vêm em caxinha de leite, vendidos até nas rodoviárias do Chile. Lembro de ter tomado alguns em San Pedro de Atacama e em La Serena.

Obviamente que são os menos “nobres”, mas quebram o galho no esquenta pra balada. E, cá entre nós, são melhores do que muitos produzidos no Brasil.

3. Cerveja

Não gosto de cerveja pilsen, mas quando se está num mochilão com restrições orçamentárias, não dá pra ficar se esbaldando em cervejas tipo weiss ou pale ale.

E o Chile tem excelentes cervejas baratas, muito melhores que as brasileiras aguadas à base de milho. Essas mesmo que você está pensando, a “boa”, a que “desce redondo” e a que “refresca até pensamento.

A mais vendida por lá é a Cristal, que existe desde 1850, quando foi fundada em Valparaíso. Outra clássica é a Escudo, que lembro ser um pouco mais barata e um tanto mal vista.  É a cerveja de pobre deles, mas bem melhor que as brasileiras dos slogans acima.

Então, seja no sol em Santiago, aos pés do cerro San Cristóbal no bairro Bella Vista, ou sob a neve de bater queixo no vulcão Villarica, em Pucón, a cerveja chilena vai dar aquela agitada no dia.

4. Pisco Sour

Claro que não podia faltar na lista a mais autêntica das bebidas típicas chilenas. E, por mais que os peruanos o reivindiquem, o Pisco Sour do Chile é infinitamente superior ao do Peru. A diferença básico entre os dois tipos de pisco sour é que o peruano utiliza clara de ovo na receita. OVO?? Isso mesmo, OVO.

Como ovo bom é ovo frito, o pisco sour chileno ganha de lavada – embora eu já tenha bebido pisco sour no Chile com ovo e no Peru sem ovo. E na internet proliferam versões de receitas se contradizendo quanto a essa questão. Vá entender…

O que importa é não exagerar no pisco sour, que é feito à base de pisco, uma aguardente de uva com teor alcoólico que chega a 43%. Praticamente um desinfetante com sabor. Beba moderadamente.

Ah, já ia me esquecendo: também vale a pena provar a “Piscola“, uma especie de Cuba Libre do Chile, feita com pisco, limão, gelo e Coca-Cola. Só tem Pepsi? Pode ser…

5. Chicha

Arriba! Que me perdoem os chilenos pela expressão mexicana, mas a chicha do Chile, como diria o poeta Naldo, joga o clima o clima lá no alto (referência discreta ao sucesso Vodka ou água de coco, de alguns carnavais atrás).

A grosso modo, a chicha chilena é um vinho rústico. Na verdade, uma bebida feita da uva fermentada. Mais ao sul do país, também se usa a maçã. É parente da Chicha Morada, bebida peruana feita de milho roxo e outras especiarias, consumida no país desde antes da era Inca.

Se quer provar a chicha chilena, fique ligado.

A bebida, tão amada pelos nativos mapuches, não é tão fácil de ser encontrada. Se quer provar, é bom ficar de olho nos cardápios (de preferência nos restaurantes de comida típica chilena) ou marcar sua viagem pra época de alguma festa popular, como a de independência.

6. Mote con Huesillos

mote chileno
Foto de Tomás J. Sepúlveda.

Dizem que não existe nada mais chileno que um Mote con Huesillos. Isso é tão verdade que virou até uma expressão popular. Quando querem falar que algo é genuinamente chileno, soltam um “Más chileno que el mote con huesillos”

Talvez até por isso a bebida pode ser simplesmente chamada de Mote Chileno.

A receita é simples: um chá feito com grãos de trigo cozidos, pêssegos desidratados e aroma de canela. Deve ser servido gelado e com uma colher, que serve para “pescar” o trigo e o pêssego no copo.

E não é só nas lanchonetes que você pode provar o Mote Chileno. No verão de Santiago, que pede uma bebida refrescante, se espelham pela cidade os carrinhos “El Rey del Mote”.

Mas o que é Huesillo? É o pêssego (ou durazno, em bom espanhol) desidratado utilizado na bebida.

Continue planejando sua viagem para o Chile

Além de ter ótimas bebidas e comidas típicas, o Chile tem muitas outras particularidades. Por isso, se está planejando sua viagem ao país, recomendo que veja nossos relatos e posts com informações completas e roteiros em diferentes regiões do Chile. Veja também:

Viajar com tudo reservado é bem melhor

Descontos para economizar na viagem

  • Utilize o cupom BUENASDICAS5 na Seguros Promo e tenha   5% de desconto  em seguro viagem
  • Acesse o site O Meu Chip por esse link e tenha   15% de desconto  usando o cupom CHIPMAISBARATO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

5 Comentários

  1. Sobre a diferença do pisco sour de Chile e Peru, considero o peruano infinitamente melhor que o chileno .
    “Você já deve ter ouvido falar dessa aguardente de uva típica do Peru, que é o principal ingrediente do famoso Pisco Sour, mas talvez não saiba que há variações da bebida, vindas, principalmente, do Chile.

    A seletividade não é frescura: pode haver importantes diferenças de um país para outro no processo de fabricação do pisco, o que influencia diretamente a sua qualidade. O Peru é mais rígido na produção, não permitindo, por exemplo, a adição de água para diminuir o teor alcoólico da bebida – algo que, em determinadas circunstâncias, ocorre no Chile.

    Ainda que amplamente difundida, pode-se dizer que a produção do pisco no Peru é essencialmente artesanal, seguindo uma tradição secular. Já no Chile, este processo é muito mais industrializado, o que diminui a riqueza da bebida tradicional.

    As uvas mais utilizadas também são diferentes. No Peru, as frutas podem ser aromáticas – Moscatel, Itália, Albilla e Torontel – ou não – Quebranta, Negra Criolla, Mollar e Uvina, permitindo um número maior de variedades da bebida. No Chile, há três tipos de uvas disponíveis: Moscatel, Pedro Jiménez e Torontel.

    O rigor peruano se estende, inclusive, à nomenclatura da bebida. O Peru considera que o termo “pisco” se aplica à aguardente de uva produzida em regiões específicas do país, nos arredores de cinco cidades: Lima, Ica, Arequipa, Moquegua e Tacna.

    Há, inclusive, uma lei nacional que reconhece a bebida como denominação de origem peruana para os produtos obtidos nesses locais a partir da destilação de vinhos derivados da fermentação de uvas frescas. Em outras palavras, qualquer outra aguardente similar produzida fora desses locais deve ter outro nome. A situação é a mesma, por exemplo, do champanhe: se não for feito na região de Champagne, na França, tem de ser chamado de espumante.

    A título de curiosidade, a origem etimológica da palavra “pisco” tem mais de 20 séculos: além de ter dado nome a uma vila, atual cidade de Pisco, significa “ave, pássaro”. ”
    A propósito, ja bebí as 2 bebidas varias vezes. Sou sommelier e entendo de drinks.

  2. Tambem faltou a mais nova bebida, o tisuname, a mesma receita do terremoto, mas acrescida de curaçao blue…pode ser encontrado no Mercado Centeal.

    1. Fui conhecer essa bebida Terremoto só pela TV, logo depois de voltar do Chile, naquele programa O Mundo Segundo os Brasileiros, da Band e que também está no Netflix. Vou ter que esperar até a próxima ida a Santiago pra experimentar o Terremoto (a bebida, porque o abalo sísmico espero que não aconteça tão cedo) e o Tsunami (também a bebida, porque quero estar longe do litoral chileno se voltar o ocorrer).