7 cidades onde o Airbnb é proibido ou limitado

Criado em 2008, na Califórnia, o Airbnb logo se tornou um fenômeno mundial, conectando proprietários de imóveis a viajantes em busca de aluguel de curta temporada.
Se por um lado os viajantes passaram a ter mais opções de hospedagem, pelo outro a expansão da plataforma têm causada efeitos negativos para os moradores de importantes cidades turísticas, como a gentrificação e a superlotação de bairros sem infraestrutura turística.
Por isso, algumas cidades criaram regras para o uso do Airbnb, e até mesmo proibiram reservas de apartamentos de curta temporada. Dessa forma, tentam frear o aumento absurdo nos preços dos aluguéis e outros malefícios do turismo massivo.
Cidades onde o Airbnb é proibido ou tem sérias restrições
Apenas seis anos após a criação do Airbnb, seus problemas já eram debatidos e levaram à primeira proibição, na Alemanha.
Atualmente, estas são as cidades em que o Airbnb é proibido ou só pode ser utilizado com o cumprimento de uma série de regras.
1. Berlim – Airbnb proibido em 2014, restringido em 2018

A primeira cidade do mundo a proibir o Airbnb foi Berlim. A capital da Alemanha, ainda em 2014, aprovou uma lei para o banimento do aluguel de curta temporada, impossibilitando o Airbnb e plataformas similares, como Vrbo, de operar na cidade.
Mas, em 2018, a lei foi suavizada.
Atualmente, os “anfitriões” podem divulgar suas propriedades no Airbnb em Berlim, desde que não sejam alugadas por mais de 90 dias por ano e tenham a liberação da prefeitura.
É por isso que, nas dicas sobre onde ficar em Berlim, recomendamos apenas a hospedagem em hotéis, quem além de completamente legalizados, oferecem mais conforto e serviços importantes, como café da manhã.
2. Paris, França – Airbnb com restrições desde 2015

Conhecida por ser uma das cidades mais visitadas do mundo, a capital de França também impôs regras para a utilização do Airbnb.
Entre as leis que afetam o Airbnb em Paris, estão a proibição para a criação de imóveis voltados exclusivamente para o aluguel de curta temporada, além da necessidade de divulgação de um registro de permissão nos anúncios.
Com essas medidas, a prefeitura disse trabalhar para quem Paris mantenha moradores em suas zonas centrais, e não apenas turistas, o que a transformaria num museu.
3. Barcelona, Espanha – Airbnb proibido a partir de 2028

Há anos os moradores de Barcelona protestam contra o excesso de turistas, que lotam o transporte público, fazem filas nos restaurantes e causam um aumento generalizado nos preços, especialmente nos aluguéis.
E o Airbnb é considerado um dos principais vilões do turismo massivo e da gentrificação em Barcelona.
Por isso, foram regras criadas para limitar a expansão do Airbnb em Barcelona, como a necessidade de registro do imóvel como alojamento turístico. E também existe um site para a denúncia de aluguéis ilegais de curta temporada.
Mas os apelos da população foram ouvidos: a Prefeitura de Barcelona divulgou que, a partir de 2028, não renovará a licença dos mais de 10 mil apartamentos de temporada na cidade. Em outras palavras, o Airbnb será proibido em Barcelona.
4. Amsterdam, Holanda – Restrições ao Airbnb desde 2015

Amsterdam é uma das cidades mais caras do mundo para viajantes, especialmente no quesito hospedagem. Por isso mesmo, foi um terreno fértil para o crescimento do Airbnb.
Para tentar reduzir o crescimento do Airbnb, a prefeitura de Amsterdam criou uma regulamento, em 2019, para quem um imóvel de temporada só possa ser alugado, por inteiro, no máximo 30 dias por ano.
E desde 2015 já existem taxas e restrições sobre o uso da plataforma, além de severas multas para quem descumpre a lei.
Na hora de reservar sua hospedagem, consulte nosso guia sobre Onde se hospedar em Amsterdam, no qual listamos os melhores bairros e dicas de hotéis na cidade.
5. Nova York, Estados Unidos – Sérias restrições ao Airbnb

A cidade mais visitada dos Estados Unidos também sofre com o excesso de turistas, e impôs medidas rigorosas que afetam diretamente o Airbnb.
Uma dessas regras impede a utilização do Airbnb pela maioria dos viajantes: é permitido fazer reservas apenas para período de 30 dias ou mais em Nova York.
Em caso de descumprimento da lei, multas são aplicadas aos proprietários.
E isso vale não apenas para Manhattan, como para imóveis em toda a cidade de Nova York, incluindo o Brooklyn.
Mesmo assim, ainda existem milhares de anúncios de apartamentos pelo Airbnb em Nova York, especialmente em Manhattan.
A dica é: antes de reservar, confira as regras atualizadas e a regularização do imóveis, para não sofrer hostilidades no condomínio ou mesmo ter o risco de ser expulso.
6. San Francisco, Estados Unidos – Sérias restrições ao Airbnb

Na cidade em que foi criado o Airbnb, e onde está a sede da empresa, também existem fortes restrições sobre o uso da plataforma.
Em San Francisco, na Califórnia, a principal regra é que o proprietário não pode destinar um imóvel inteiro para o aluguel de curta temporada. É permitida apenas a locação de quartos onde o anfitrião reside e vive, comprovadamente, no mínimo 275 dias por ano.
Assim como nas demais cidades onde o Airbnb é proibido ou limitado, os proprietários de San Francisco que descumprirem as regras estão sujeitos a multas.
Entenda onde ficar em San Francisco e escolha sua hospedagem na cidade mais interessante (e mais cara) da Califórnia.
7. Santa Mônica, Estados Unidos – Sérias restrições ao Airbnb
No litoral da zona metropolitana de Los Angeles, a pequena cidade de San Mônica é uma das mais visitadas por turistas na Califórnia.
Depois de notar o aumento expressivo nos aluguéis dos moradores, a prefeitura de Santa Mônica criou regras para restringir as hospedagens de curta duração.
Para anunciar legalmente uma casa ou apartamento no Airbnb, o anfitrião deve morar no local e ter um registro de imóvel compartilhado. E assim como nas demais cidades que vetaram e limitaram o Airbnb, multas são aplicadas a quem descumprir a lei.
Fontes pesquisadas: Investopedia, BBC Brasil, G1, UOL