Termas em Budapeste: vale a pena visitar a maior e melhor

Budapeste, capital da Hungria, possui 123 fontes termais, de onde brota água quente em diferentes temperaturas, além de 9 locais para banhos medicinais. A mais conhecida termas de Budapeste é a Széchenyi.

O edifício das termas Széchenyi é emblemático, contribuindo para que o local seja um dos principais pontos turísticos de Budapeste.

Confira agora como visitar a maior e mais importante termas de Budapeste e de toda a Europa, que atende pelo nome impronunciável de Széchenyi Gyógyfürdő és Uszoda, e chamada em inglês de Szechenyi Baths & Pool.

História da Széchenyi, a maior termas de Budapeste

No solo do Városliget, principal parque da região central de Budapeste, estão duas fontes de águas termais. Na década de 1880, foi construído um pequeno spa no local.

Mais tarde, em 1913, foi inaugurado o edifício em estilo neobarroco, e o local passou a se chamar Széchenyi, em homenagem a um político local.

O empreendimento fez tanto sucesso que cresceu ainda mais. Desde 1927, o complexo conta com 3 piscinas a céu aberto e 15 piscinas cobertas, em área climatizada.

Horários de funcionamento das termas

• Em dias de semana, das 7h às 20h.
• Aos finais de semana, das 8h às 20h.

Preços e onde comprar os ingressos das Termas Széchenyi

Repare na lista de preços abaixo, divulgada na bilheteria local e no site oficial em julho de 2023, que é mais barato visitar as termas em dias de semana, de segunda a quinta, e fica ainda mais barato se chegar até 9h da manhã.

Fiz a conversão dos valores em Forint Húngaro para Euro em julho de 2023.

• Segunda a quinta, entrando até 9 da manhã: 7.500 ft / 19 euros
• Sexta, entrando até 9 da manhã: 8.700 ft / 23 euros
• Segunda a quinta: 9.400 ft / 24 euros
• Sexta, sábado, domingo e feriado: aproximadamente 10.900 / 28 euros
• Entrada pela fila rápida, de segunda a quinta: 12.500 ft / 33 euros
• Entrada pela fila rápida nos outros dias e feriados: 14.000 ft / 37 euros
• Massagens são vendidas à parte e custam a partir de 10.800 ft / 28 euros

Também é possível comprar ingressos nessa agência de viagem, que costuma oferecer atividades combinadas e até mesmo ingressos de festas à noite nas termas.

Minha visita foi numa segunda-feira e cheguei antes das 9h. Já tinha muita gente nas termas, mas não encontrei fila. Comprei o ingresso na bilheteria no local. Mas, caso você vá num dia de maior demanda, pode ser válido comprar o ingresso antecipado pelo site, pagando um pouco mais para poder entrar pela via rápida.

Como chegar nas Termas Széchenyi

O transporte público em Budapeste é muito eficiente e barato. Dá pra chegar nas Termas Széchenyi tranquilamente de ônibus, bonde e metrô. Todas essas opções têm parada no parque onde fica o complexo.

• Se for de metrô, desça na estação Széchenyi fürdő, da linha M1 do metrô de Budapeste. São menos de 10 minutos de metrô desde a principal região hoteleira de Budapeste, os distritos 5 e 6.
• Eu fui de bondinho elétrico, o tram, pois estava hospedado na região de Kálvin tér e a conexão do metrô estava em obras naquele dia. Cheguei nas termas em 20 minutos.

Ou você pode se hospedar perto das termas e ir andando. Há dois bons hotéis na região, o Ibis Budapest Heroes, a 500 metros do complexo, e o Mirage Medic Hotel, que fica na entrada do parque, a apenas 600 metros das termas.

Recepção e ambientação nas termas

Como falei acima, tive a sorte de fazer a visita numa segunda-feira. Não precisei enfrentar filas.

Na bilheteria, me colocaram uma pulseira e com ela entrei nas termas. Reparei que havia pessoas com diferentes cores de pulseiras, mas não entendi a diferença e não reparei em áreas que poderiam ser exclusivas para alguns grupos. Percorri todo o complexo, sem restrições.

Além do ingresso, precisei pagar por uma taxa de toalha.

Por isso, recomendo levar uma toalha do seu hotel e chinelos.

Antes da pandemia, era possível alugar uma tolha de boa qualidade junto a um “kit banho”. Mas agora é possível apenas comprar toalhas. Comprei da mais barata, pelo equivalente a 7 euros, que mais parecia um forro de mesa e não enxugava nada.

Depois, fui para o vestiário. Cada banhista tem direito a uma cabine individual para trocar de roupas e armazenar os pertences de valor. O local pode ser trancado e me pareceu seguro.

Piscinas externas das termas

Pronto, bora curtir o verão em Budapeste?

Mas não era verão na minha viagem. Então foi preciso ter uma dose de coragem para percorrer os infinitos 10 metros entre o vestiário e a piscina de águas quentes, trajando roupa de banho sob o vento gelado da primavera húngara.

Ah, que delícia de água quentinha.

Me senti em Caladas Novas, com a vantagem de estar frio do lado de fora da piscina. Enquanto os termômetros marcavam 16 ºC em Budapeste, dentro da piscina estavam todos aquecidos a 29 ºC.

Já vi fotos das termas em pleno inverno, debaixo de neve, e com muita gente na piscina.

Piscinas termais cobertas

O espaço interno é imenso. Lá estão muitas piscinas, pequenas e médias, em variadas temperaturas, além de saunas, duchas e vestiários.

Nas piscinas cobertas, as águas são ainda mais quentes. As pessoas ficam sentadas nos bancos nas bordas, suando em silêncio.

E como são muitas piscinas, o legal é ficar trocando de uma pra outra, sentindo as diferentes temperaturas, até encontrar uma do seu jeito.

Antes de entrar, também vale conferir as placas que informam as temperaturas das piscinas.

Por exemplo, vi placas informando 20 ºC, 30 ºC e 38 ºC de temperatura, sempre acompanhadas da profundidade de cada piscina.

Apenas o cheiro no local que não é dos melhores. Pelo que pesquisei, não se trata de falta de higiene, e sim do odor natural das águas termais, carregadas de minérios, e por isso mesmo tidas como medicinais.

Vale a pena visitar as Termas Széchenyi em Budapeste?

Sim, sem sombra de dúvidas!

Gostei muito mais de visitar as maiores termas de Budapeste do que de percorrer museus e outros pontos turísticos. Aliás, Budapeste é uma das raras capitais da Europa onde é possível ter uma experiências dessas, uma mistura de spa, clube e história. E ainda, com a vantagem de ser relativamente barato.

Pode ir em qualquer época do ano, até mesmo no inverno, quando faz temperaturas negativas e até neva em Budapeste.

Claro que o passeio é realmente imperdível apenas se você gosta de piscinas e águas quentes, o que é o meu caso.

Mas quem tem nojinho de piscina e de “sopa de gente” pode achar o passeio desagradável, pois é normal as piscinas estarem lotadas.

Mesmo lotadas, as piscinas me pareceram limpas. Não senti odores de sujeira ou urina, as águas estavam cristalinas e toda a limpeza do complexo estava impecável.

Tá preocupado com a aparência? Faça com os europeus e desencane. As termas são frequentadas por pessoas de todas as idades, pesos, sexos e nacionalidades. Diversidade total.

Boa viagem para Budapeste! Em caso de dúvidas sobre a visita às termas, fale comigo aqui pelos comentários ou entre em contato pelo email nivaldo@buenasdicas.com.

Esse foi o primeiro post da viagem para a Hungria. Em breve, listaremos aqui os demais conteúdos sobre outros lugares do nosso roteiro.