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Trem de Budapeste para Liubliana: onde comprar passagem + dicas

Fiz a viagem de trem de Budapeste, na Hungria, para Liubliana, na Eslovênia. Pesquisei muito antes de comprar, pois estava complicada encontrar um trem direto entre as duas capitais.

Apesar de todos os fóruns que li recomendarem a viagem de ônibus, mais rápida e barata, insisti em ir de trem. E encontrei a passagem que buscada, teoricamente uma rota direto de Budapeste para Liubliana.

Mas já adianto que a viagem foi tudo menos direta. Fizemos uma troca de trem na fronteira da Hungria com a Eslovênia, depois fomos transferidos para ônibus e, por fim, voltamos a embarcar num trem.

A viagem, que era pra durar 5 horas, levou 7 horas.

Link úteis para sua viagem entre a Hungria e a Eslovênia
  • Comprei a passagem de trem na estatal húngara MAV-START por R$ 84.
  • Alternativa 1: consulte também o site Omio, que vende passagens de trem em toda a Europa.
  • Alternativa 2: vá de ônibus, pela Flixbus. A viagem é mais rápida e pode ser mais confortável, pois os bancos são reclináveis e melhor acolchoados.

Preços e onde comprar a passagem de trem de Budapeste para Liubliana

Comprei a passagem no site oficial da cia estatal de trens da Hungria, a MAV-START. Possui versão em inglês e tem qualidade razoável.

A passagem custou 6080 HUF, equivalente na ocasião a R$ 84.

Fiz a compra com meu Cartão Wise, que já estava carregado com a moeda do país, o florim húngaro. Dessa forma, não precisei pagar a taxa de 5,38% de IOF e obtive um câmbio melhor.

Assim que finalizei a compra, recebi um e-mail com a passagem em PDF, constando o QR CODE.
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Não precisa imprimir. Basta mostrar o código ao fiscal que fica dentro do trem. Cabe dizer que eu recebi dois documentos parecidos, ambos com QR Code. Por via das dúvida, salve ambos salvos no celular.

Embarque no trem em Budapeste

Como informado na passagem, o local de embarque foi a estação de trem Budapest-Déli. Ela fica próxima à região central da cidade, pouco acima do Fisherman’s Bastion, um dos principais pontos turísticos de Budapeste.

A estação é conectada ao metrô, então é bem fácil chegar lá.

Não espere uma estação de trem padrão alemão ou holandês. Mas é razoavelmente organizada, tem elevador e escada rolante, e painéis que informam as plataformas de embarque.

Segui para o vagão indicado na passagem, que já estava estacionado na plataforma. O trem foi pontual: fechou as portas e iniciou a viagem exatamente no horário previsto.

Como é o trem de Budapeste até a fronteira com a Eslovênia

Dentro da vagão, o ambiente é espaçoso e confortável. O trem não é novo, mas estava limpo e bem cuidado.

Não reparei em distinção de classes. Todos os assentos, em todos os vagões que percorri, eram iguais, acolchoados e não reclináveis. Há bastante espaço para as pernas, mesmo para pessoas altas.

O que muda é apenas a disposição: uns bancos para frente, outros para trás, e blocos com uns de frente para os outros.

Consegui acomodar todas as malas no bagageiro acima do assento, inclusive uma mala média e pesada. Mas, caso leve uma mala grande, pode ser necessário deixá-la no vão entre os bancos.

Os banheiros são espaçosos e decentes, bem maiores que banheiros de avião, embora o cheiro não fosse dos melhores.

Ao tomar distância de Budapeste, o sinal de celular também foi desaparecendo. Tentei utilizar o Wi-Fi do trem, mas, como esperado, não funcionava.

Troca de trem na fronteira entre Hungria e Eslovênia

Olha a surpresa. Apesar de ter comprado a passagem num trem direto de Budapeste para Liubliana, o trem parou no limite entre os países.

Fomos orientados a desembarcar, com mala e tudo, e cruzamos a pé a fronteira entre Hungria e Eslovênia. Apesar de ambos os países serem parte do Espaço Schengen, acordo que permite a livre circulação de pessoas, havia fiscalização.

Ao apresentar o passaporte, perguntei ao policial a razão daquele controle. Segundo ele, é devido à guerra na Ucrânia.

Já em território esloveno, na mesma estação de trem, esperamos alguns minutos e embarcamos no trem rumo a Liubliana.

Trem da Hungria para Liubliana

O trem da cia estatal Slovenske Zeleznice era mais novo e moderno do que o trem húngaro, mas bem menos confortável, com poltronas menos macias e menos reclinadas.

No bagageiro do trem esloveno não coube a mala média, que precisou ser encaixada no vão entre as poltronas.

Já o banheiro do trem estava com odor melhor, além de ser mais equipado e com itens que melhoram a acessibilidade.

Troca do trem para um ônibus

Mais uma surpresa. Após menos de 1 hora a bordo do trem, fomos convidados a desembarcar. Novamente levando todas as malas. Não faço ideia do motivo, pois todos os avisos foram em esloveno.

Dessa vez, fomos direcionados a um estacionamento ao lado da estação de trem, onde alguns ônibus nos esperavam.

O ônibus era bem mais confortável do que o trem. Apesar de ter menos espaço para as pernas, as poltronas reclináveis e melhor acolchoadas possibilitaram alguns cochilos no caminho.

Nas estradas de Eslovênia, já começaram a surgir paisagens bonitas e cidadezinhas simpáticas. Pensei que seguiria assim até Liubliana.

Embarque no trem para Liubliana

Depois de 1 hora no ônibus, paramos numa estação de trem e novamente, de mala e cuia, mudamos para um trem da Slovenske Zeleznice.

No vagão muito similar ao anterior, restavam poucos passageiros, pois a maioria das pessoas foi ficando nas cidades ao longo do trajeto.

Agora, a paisagem era completamente diferente: o trem foi serpenteando num vale junto a rios, pontes e trilhas.

Fiquei atento ao posicionamento do visual para indicar aqui no blog qual o melhor lado para se sentar no trem. A conclusão é que tanto faz. A paisagem de ambos os lados é maravilhosa.

E caso você tenha a sorte de estar num trem tão vazio quanto o meu, pode ficar mudando de lado para aproveitar tudo o que tem na direita e na esquerda do vagão.

Chegada em Liubliana, a linda capital da Eslovênia

Depois de 7 horas e muitas surpresas na viagem de trem, desembarquei em Liubliana arrependido de não tem viajado num ônibus da Flixbus, que faz essa rota em 6 horas.

A estação de trem de “Ljubljana” fica perto do centro da cidade. Fui andando até Hotel Center Ljubljana, por calçadas planas e uniformes, perfeitas para puxar as malas.

Aliás, adorei a localização do hotel, que estava a menos de 10 minutos de caminhada da melhor parte do centrinho, onde estão bons restaurantes e os lugares mais charmosos da cidade.

E ao estar perto também da estação de trem, no dia seguinte foi fácil organizar a viagem a Bled, principal cidade turística de Eslovênia, famosa por seu lago conhecido por ser um dos mais bonitos do mundo.


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Desejo a você uma excelente viagem!

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