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Paracas e Huacachina: como é fazer o passeio mais legal de Lima

Sim, já entreguei o ouro no título. O passeio a Paracas e Huacachina é a melhor atividade em Lima. Um tour turisticão, é verdade, mas uma excursão divertida e imperdível.

Num único dia, naveguei entre colônias de leões-marinhos, vi pinguins, conheci um oásis no deserto e me aventurei a bordo de um buggy estilo Mad Max em dunas de areia. E me arrependi de não ter feito o passeio mais longo, de 2 dias.

Aqui vão todas as dicas para você fazer o passeio a Paracas e Huacachina, e comprovar que realmente vale a pena passar o dia entre praias, leões-marinhos e carros acelerando no deserto.

Paracas e Huacachina: que lugares são esses?

O passeio de 1 ou 2 dias inclui Paracas e Huacachina no mesmo pacote. Mas são destinos completamente diferentes.

Paracas é uma cidade de praia, 260 km ao sul de Lima. Ela é mais conhecida por ter as Ilhas Ballestas, pequeno arquipélago rico em vida marinha. Do Muelle el Chaco, em Paracas, partem os passeios de barco para observação leões-marinhos e outros animais.

A vila de Huacachina é um oásis no deserto de Ica, 307 km ao sul de Lima, e a 75 km de Paracas. A vila é pequena, com lojinhas, restaurantes e uma represa com pedalinhos. Ao redor dela, estão grandes dunas de areia, onde são realizadas diversas atividades turísticas, com destaque para o passeio de buggy e o pôr do sol com vista para a Cordilheira dos Andes.

Preços e onde comprar o passeio a Paracas e Huacachina

Comprei o passeio na loja da Peru Hop em Miraflores. Ela é uma das principais agências de viagem em Lima, muito elogiada no Tripdadvisor. Então, confiei e agendei o tour para o dia seguinte.

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  • Paguei 120 dólares pelo tour de 1 dia, incluindo transporte, passeio de lancha e passeio de buggy. Refeições NÃO são incluídas.
  • O preço é realmente divulgado em USD, mas a cobrança é em sol peruano.
  • A agência aceita cartão de crédito, mas cobra uma taxa extra por isso.

O mesmo passeio, realizado pela mesma Peru Hop, também está a venda no Get Your Guide. Essa empresa, de origem alemã, vende passeios no mundo todo, com parceiros locais, e também é bastante confiável.

Nos dias da minha viagem, o passeio estava o mesmo preço na Get Your Guide e na Peru Hop.

Duração do passeio e roteiro

Eu fiz o tour De Lima: passeio de ônibus de um dia inteiro a Paracas e Huacachina, que teve duração total de 16 horas, contando desde o embarque até o desembarque no hotel.

Roteiro do passeio:

  • 5h da madrugada nos buscaram no hotel (Red Radisson)
  • Chegamos a Paracas por volta das 10h
  • O tour pelas Islas Ballestas tem 2 horas de duração
  • Tempo para almoço em Paracas
  • Embarque no ônibus e 1 hora e meia de viagem até Huacachina
  • O passeio de buggy tem 2 horas de duração
  • A viagem de volta a Lima tem 5 horas de duração
  • Chegamos no hotel pouco depois das 23h.

Uma das vantagens de me hospedar em Miraflores, foi ser buscado no hotel. Caso estivesse num bairro menos central, teria que ir por conta própria ao ponto de encontro. Por isso, leia nossas dicas de onde ficar em Lima antes de reservar seu hotel.

Ônibus e estradas no Peru

Como falei no post sobre agências de turismo no Peru, o ônibus chegou na hora marcada ao meu hotel. Veículo relativamente novo, com ar-condicionado e TV.

Todas as estradas que pegamos, de Lima até Paracas, e de Paracas a Huacachina, estavam em ótimas condições. A maior parte da viagem, inclusive, foi em pistas duplicadas.

E não se preocupe com as terríveis encostas do Peru. A viagem até Paracas e Huacachina é pela região litorânea, sem montanhas pelo caminho.

A guia de turismo da excursão, uma peruana que explicava tudo em inglês e espanhol, nos acompanhou em todos os momentos. Nota 10 para a guia da Peru Hop. Aliás, não deve ser fácil trabalhar quase 20 horas num mesmo dia.

Paracas: navegação para observação de Leões-Marinhos

Se tiver a opção de fazer um tour apenas para Huachachina, não cometa esse erro. Sério, vá para Paracas!

A cidade em si não tem nada de mais. A praia, com brinquedos aquáticos e faixa de areia, apesar de ser muito frequentada pelos peruanos, não é um destino de apelo internacional.

O que interessa em Paracas está no oceano: as Ilhas Ballestas, um arquipélago de pequenas ilhas, cobertas de guano, o valioso esterco dos animais marinhos, e povoadas por colônias de pinguins, leões-marinhos e aves diversas.

Assim que o ônibus chegou a Paracas, fomos andando até o píer e já embarcamos na lancha. O barco tinha assentos confortáveis e coletes salva-vidas para todos a bordo.

Dica: entre primeiro na lancha e pegue uma poltrona nas fileiras dianteiras, próxima ao guia, pois quem fica nos últimos lugares (o que foi meu caso) se molha muito mais. O mar estava agitado no dia, mas não senti enjoo.

Após alguns minutos de navegação, já estávamos ao lado das ilhotas, observando os animais. Vimos mais leões-marinhos, inclusive filhotes, do que pinguins. Segundo o guia, na época de reprodução dos leões-marinhos, de janeiro a março, tem mais animais ainda. Ps: minha viagem foi num mês de agosto.

Huacachina, um oásis no deserto

Como falei no início, Huacachina é apenas uma vila, onde vivem menos de 100 pessoas atualmente. Mas não faltam pousadas, restaurantes e atividades turísticas.

Tudo o que interessa está ao redor da represa, onde é possível alugar um pedalinho. O lugar é realmente muito fotogênico e “instagramável”. Mas não tem muito mais o que fazer no centrinho da vila.

Nosso ônibus estacionou em um hotel em Huacachina (Carola Lodge) e nos deu 30 minutos para caminhar na vila, o que foi suficiente para caminhar em volta da represa.

Em seguida, partimos para a principal atividade no deserto.

Aventura de buggy em Huacachina

Do hotel onde o ônibus estacionou, caminhamos cerca de 10 minutos duna acima até o local de partida dos buggies. Ressalto que é uma subida íngreme, na areia fofa, sob o sol do deserto, o que é complicado para pessoas sem preparo físico ou com mobilidade reduzida.

Os carros são grandes, maiores do que os tradicionais buggies brasileiros. A maioria acomoda até 7 passageiros.

É preciso colocar o cinto de segurança e certificar-se de que ele está bem afivelado, porque o buggy voa baixo no deserto.

Sem brincadeira, o passeio é praticamente uma montanha-russa, com um adicional de risco, pois não tem trilhos, e o carrinho desliza em alta velocidade pelas dunas do deserto.

Dica: quer passar menos medo? Vá no assento do meio. Testei todos os lugares. Nos assentos laterais, a impressão que temos é que o carro vai capotar a qualquer segundo. É tenso, mas muito divertido.

O motorista faz paradas em pontos estratégicos, no topo das dunas mais altas, para fotos e principalmente para a descida de prancha.

Sim, tem uma variação do esquibunda em Huacachina!

Não é sandboard. É quase um esquibunda. Em vez de ficarmos em pé, como acontece nas dunas do Atacama e de Florianópolis, as pranchas de Huacahina são feitas para descermos deitados, de bruços, virados para a frente.

Segundo o guia do passeio, acontecem muitos acidentes com quem insiste em descer as dunas em pé na prancha.

Mesmo para descer deitado, a altura das dunas assusta. Tive receio, mas encarei todas elas, assim como os demais no passeio. O resultado foi entrar areia até dentro das meias.

Olha aí como é a descida de prancha em Huacachina

Vale a pena ir por conta própria ou com agência de turismo?

Considero que fiz uma boa escolha ao fazer o passeio com agência de turismo. Ter o roteiro bem planejado, com todos os passeios agendados, agiliza muito a viagem.

E ter uma guia de turismo auxiliando e contando histórias e curiosidades sobre cada parada, enriqueceu bastante o roteiro.

Se tivesse ido de carro, teria sido impossível fazer os principais passeios de Paracas e Huacachina no mesmo dia.

Caso você pense em alugar um carro, acho viável fazer o bate e volta de Lima a Paracas. Outra alternativa, é ir a Paracas, fazer o passeio de lancha, e seguir para dormir em Huacachina e completar o roteiro no dia seguinte.

Dúvidas?

Fale comigo pelos comentários ou mande um email para nivaldo@buenasdicas.com. Desejo a você uma viagem inesquecível ao Peru.

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