Dicas de viagem para a Praia do Rosa, em Santa Catarina

Eleita por um site francês como uma das 30 baías mais bonitas do mundo, a Praia do Rosa realmente oferece um belíssimo visual. Sua vila tem as melhores pousadas da região, o que torna o Centrinho do Rosa a base mais charmosa para explorar o sul de Santa Catarina, principalmente outras praias de Imbituba e Garopaba.

Mas a Praia do Rosa tem seus problemas e não agrada todo mundo.

Depois de alguns anos da primeira visita, voltei em novembro, início da alta temporada. Me hospedei no centrinho, que se desenvolveu bastante, mas ainda guarda ares de vila de surfistas. Fui de carro, o que é praticamente essencial, e fiquei no centrinho, perto da praia e dos melhores restaurante da vila.

Para ver como é o acesso à Praia do Rosa, as ruas do centrinho e imagens bem realistas da vila, recomendo assistir a este vídeo:

E aqui no blog mesmo, além das dicas sobre a praia e sobre onde ficar na Praia do Rosa, aqui também vão dicas de quando ir, como chegar e o que fazer na região, que tem algumas das 10 melhores praias de Santa Catarina. Vem com a gente!

1. Quando ir para a Praia do Rosa

A alta temporada na Praia do Rosa é no verão, nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março. A vila lota pra valer mesmo é na última semana de dezembro e na primeira de janeiro. Isso porque o reveillon no Rosa é um dos mais famosos de Santa Catarina.

Minha viagem foi no meio de novembro, antes do início oficial da alta temporada. Peguei todos os dias de sol. Mas, uma semana depois de fui embora, vi notícias de temporais na região. Durante o verão todo é assim, dias de sol intercalados com muita chuva.

Se quer curtir a Praia do Rosa com menos gente, menor calor e com menos chances de chuva, a dica é viajar em abril, início do outono. Mas, numa vila de público jovem por vocação, talvez o negócio seja justamente ir nos períodos mais cheios, mesmo que isso implique em pousadas mais caras e estacionamento disputado na praia.

2. Onde se hospedar

É impossível entender o mapa das ruas da Praia do Rosa sem ter circulado por lá.

Apesar de parecer uma grande vila, o centrinho de fato se concentra em apenas duas ruas pavimentadas. E essa é a primeira dica: escolha uma pousada em rua pavimentada ou bem próxima da esquina com uma.

  • Por exemplo, a pousada Villa Seychelles fica nessa ótima localização central.
  • Entre o Centro e a praia, a Morada do Rosa também vale a hospedagem.

Nos trechos além desse miolo do Centro, há muitas ruas de terra em péssimas condições. O melhor trecho pavimentado é a Av. Porto Novo.

Infelizmente o GPS não aponta os problemas. E a sinalização é péssima. Por isso, caso escolha um hotel além do Centro, peça orientações para chegar.

Apesar da localização estratégica, existem poucas pousadas no Centrinho do Rosa, que é o lugar mais seguro e onde se pode fazer tudo a pé. Pela falta de opções, não podemos descartar as pousadas nas ruas de terra mais afastadas. Elas têm melhor custo-benefício. Outra opção de hospedagem são as dezenas de hostels da vila. Tem opções excelentes, como vou listar a seguir.

3. Dicas de hotéis

Na foto acima, o estiloso Innbox, que possui quartos privativos, tipo pousada, e acomodações compartilhadas, tipo hostel.

Melhores pousadas no centrinho
Pousadas baratas
Melhores hostels

4. O que fazer na Praia do Rosa

Com base na Praia do Rosa, você pode explorar as praias mais bonitas da região. Esse circuito de praias é o que tem de mais legal pra fazer por lá. Por isso recomendo ir de carro.

Primeiro, rumo ao sul. Fui na Praia do Luz, que estava completamente vazia e tem um belíssimo visual do alto de um pequeno morro. Ao lado dela está a Praia da Barra do Ibirapuera. É possível ir a pé de uma para outra. Basta cruzar a pé um trecho de água rasa, onde o lago se encontra com o mar. Essa praia já tinha um clima diferente, com muito gente ouvindo música brega e famílias com crianças na areia. Seguindo adiante, 70 km ao sul da Praia do Rosa, pouco depois de Laguna, está o bonito Farol de Santa Marta.

Rumo ao norte, estão a Praia Vermelha, a Praia do Ouvidor, a Praia da Barra, a Praia da Ferrugem e a Praia do Silveira. Visitei apenas essa última. O caminho até lá, ladeira abaixo, tem um belo visual. A praia, de ondas fortes, não tem estrutura alguma e é frequentada principalmente por surfistas. Por fim, cheguei a Garopaba, que tem bons restaurantes e é o melhor lugar para comer peixes frescos e frutos do mar. Pra quem gosta de praia urbana, essa é a melhor da região. Se seguir viagem em direção a Florianópolis, não deixe de parar em Guarda do Embaú, que tem fácil acesso e tem uma linda praia.

5. A praia que não tem praia

Explico. A Praia do Rosa é basicamente uma longa e estreita faixa de areia, surrada por fortes ondas de águas geladas. Na extremidade sul, conhecida como Pontal Sul, existem alguns restaurantes e bares de praia, todos feios, favelizando a orla. Onde estão os arquitetos do mundo? A praia é linda e merece bares mais bonitos. Em frente a esses bares fica a maior concentração de pessoas. A maioria jovens, alguns casais e poucas famílias.

 Rosa Norte: no meio da tarde, a faixa de areia já foi engolida
Rosa Sul: melhor ir cedo, antes do mar cobrir a areia
Rosa Sul: bares feios pendurados na encosta

Para quem viaja com crianças, o melhor local é no centro da praia, onde fica a lagoa: águas tranquilas e em temperatura agradável. Na alta temporada, é possível alugar SUP e caiaque por lá. Na Rosa Sul, ainda havia espaço para cadeiras. Na Rosa Norte, precisei atravessar grandes pedras para chegar a uma pequena sobra de areia seca.

Rosa Sul x Rosa Norte: é a mesma praia, mas o público e o estilo muda completamente. Enquanto a Rosa Sul tem melhor infraestrutura, com mais rampas de acesso e bares, a Rosa Norte é só um canto de praia meio selvagem, melhor para maconheiros o pessoal mais natureza.

6. Como chegar na Praia do Rosa: a parte chata do passeio

Ela é linda, mas não foi feita para o turismo em massa. A vila que se formou perto de praia tem cada vez mais pousadas e albergues, espalhados pelo simpático centrinho e por ruas esburacadas de terra. O principal acesso ao movimentado Pontal Sul é precário, e a grande maioria dessas pousadas fica acima do Centrinho do Rosa. Assim as duas opções para ir até a praia são ruins:

Caminho a pé: a estradinha da vila até a praia é sinuosa, sem acostamento, com alguns buracos e vai se estreitando à medida que se aproxima da praia. Seria um caminho tranquilo de se fazer, se fosse exclusivo para pedestres e motoristas educados. Mas vi muitos otários motoristas correndo acima do limite de segurança, jogando o carro pra cima dos pedestres para desviar de buracos e de carros no sentido oposto. E como muita gente passa o dia bebendo na praia, imagino que não seja difícil encontrar bêbados ao volante.

Caminho de carro: pensando em segurança, sempre fui de carro para Praia do Rosa. E sempre me arrependi. Mesmo no fim da tarde, quando em teoria as pessoas já estão indo embora da praia, tive extrema dificuldade para conseguir vaga gratuita. É preciso dirigir pela estreita encosta, desviando de pedestres e abrindo espaço para quem vem na direção oposta. No segundo dia, o caminho travou e ninguém conseguia avançar em nenhum sentido. No início da praia tem uma “garagem”, que estava cobrando R$ 30 pela diária. Na altíssima temporada, em janeiro e dezembro, deve ser ainda mais caro.

No Pontal Norte é bem mais fácil ir de carro. A rua está em melhores condições e tem uma pequena estrutura gratuita para estacionar. Mas com a faixa de areia engolida pela maré, entendi porque não tinha quase ninguém lá.

7. Vale a pena viajar à Praia do Rosa?

Depende.

A Praia do Rosa pode ser incrível para uns e decepcionante para outros. Depois do seu perfil e das necessidades de quem viaja com você. Por exemplo:

  • Família com crianças e idosos – Não recomendo. Além de ser complicado chegar, estacionar e fica ligado à maré, a praia fica embaixo de uma encosta, com acesso principalmente por longas rampas e escadarias de madeira. Imagine descer com um carrinho de bebê. Ou bengalas. Acessibilidade não é o forte.
  • Casal – Se gostam de caminhadas e natureza, sem se importar com a rusticidade da vila, é um bom destino. A dica é capricharem na escolha da pousada, pois há lugares muito românticos.
  • Solteiros e viajantes solitários – Não perca tempo e já comece a planejar sua viagem. Mais do que um destino de praia, a Praia do Rosa é um lugar de gente bonita e festas animadas.

Apesar de achar estranho tanta gente de diferentes perfis na Praia do Rosa, imagino qual deve ter sido a lógica que massificou o turismo por ali:

  1. Ondas atraíram surfistas;
  2. Surfistas atraíram grupos de Marias Parafina;
  3. Marias Parafina atraíram jovens e depois turistas em geral.

Resumindo, a Praia do Rosa realmente faz mais sentido para jovens, especialmente surfistas e sua trupe. É a atmosfera hippie chique jovial que faz a fama da vila.  Um clima açaí fitness, forever young.

E você, tem alguma dica da Praia do Rosa?

Se conhece muito essa região, que tem algumas das mais bonitas praia de SC, mande a dica pra gente aqui pelos comentários. Pode ser uma dica de pousada, de pico de surfe, de lugar legal pra comer, sobre estradas ou o que for. O importante é compartilhar informações pra mais gente planejar bem essa viagem.

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6 Comentários

  1. Nossa experiência não foi boa, as ruas de acesso a praia do rosa são ruins, cheias de buraco, as ruas sujas, parece abandonada pela limpeza pública. Ficamos em uma pousada que tinha uma trilha para chegar na praia, mas no final desta trilha tínhamos que passar por um esgoto. Fomos de carro na Rosa norte e quebraram o vidro do nosso carro. Não pretendemos mais ir a praia do rosa.

    1. Oi Susana! Que pena que sua viagem à Praia do Rosa não foi das melhores. Obrigado por compartilhar. Saudações.

  2. Que artigo mais bem escrito! Kkkkk bom saber como é a experiência relatada de um jeito exatamente realista, valeu!

  3. Preciso agradecer… Procurava por dicas sobre como se locomover na Praia do Rosa, pois estou com uma idosa e não tinha certeza se o lugar oferecia acessibilidade. E na internet só encontro posts falando de como “é lindo”, mas não explicam o que realmente precisamos saber! Eu ia passar muito perrengue… kkk
    Muito obrigada!

    1. Oi Daiane. Que bom que as dicas ajudaram. É lindo mesmo, hahaha, mas é meio complicado de andar. Boa viagem!