Meu curso na escola ESE em Malta

Para fazer meu intercâmbio em Malta, optei pela escola de inglês ESE, na cidade de St. Julians. Fiz essa escolha por alguns motivos e agora, depois de passar 4 semanas por lá, vou dizer o que achei de cada aspecto da escola.

Porque escolhi a ESE

Quando finalmente escolhi Malta como destino do meu intercâmbio, era hora de escolher a escola. Fui em várias agências de intercâmbio pessoalmente e pesquisei muitas outras pela internet, inclusive montando pacotes.

Além do preço, claro, considerei outros itens importantes para escolher minha escola de inglês em Malta, onde iria investir boa parte do dinheiro e do tempo dedicado ao meu intercâmbio. Pontos considerados:

1• Tempo de aula

2• Localização

3• Porcentagem de brasileiros

4• Acomodações oferecidas

5• Clube da escola

6• Qualidade do ensino

 

Nesses quesitos, a ESE venceu em quase todos.

1• Os pacotes oferecidos eram variados, com a opções de aulas intensivas, com 1h30 a mais durante a tarde. Escolhi este.

2• A localização é excelente, na cidade de St. Julians, centro do turismo estudantil de Malta, perto de St. Georges Bay, supermercados e pontos de ônibus.

3• A ESE, no momento da minha reserva, era a escolha de inglês em Malta com menor porcentagem de brasileiros. Se não me engano, algo como 5%, bem inferior a escolas como ClubClass, que tinha 50% de brasileiros entre seus alunos.

4• Vi ótimas fotos das acomodações, que abrigava de 5 a 7 estudantes por apartamento, diferente de outras escolas que ofereciam casas para até 20 pessoas.

5• Estudar inglês em Malta tem essas vantagens. A maioria dos escolas têm piscina ou pelo menos uma parceria com os clubes e hotéis da cidade. Como não sabia se a praia seria boa, precisava garantir que teria uma piscina. A ESE não tem, mas promete acesso a alguns clubes da Malta.

6• A qualidade do ensino da ESE é a mais elogiada na internet entre as escolas de inglês em Malta. Vi comparativos, opiniões de alunos em sites de agências e apps de avaliação online.

praia malta

O que eu comprovei

1• Tempo de aula – Fiquei decepcionado com a aula da tarde. Paguei um preço razoável a mais pela aula da tarde, e ela se mostrou desnecessária, devagar e barulhenta. Se soubesse antes, jamais teria optado pelo pacote intensivo.

2• Localização – O lugar é realmente bom. Tem ótimas opções de comidas baratas por perto, supermercados e pontos de ônibus, de onde é fácil partir e pegar uma praia por toda a ilha.

3• Porcentagem de brasileiros – Realmente pequena. Estudei em 4 turmas diferentes e apenas em uma tive uma colega brasileira. Assim acabei convivendo mais com italianos, turcos, russos e holandeses, treinando o inglês em tempo integral.

4• Acomodações oferecidas – tive sorte e me acomodaram no prédio Tamarisk, o mais novo da escola, na cidade de Swieqi, que mais parece um pacato bairro residencial de Malta. Fica a apenas 10 minutos de caminhada da escola.

5• Clubes da escola – Infelizmente o acesso aos hotéis só foi liberado na minha última semana em Malta. Apesar de já ter um sol de rachar no início de maio, só a partir do dia 14 os alunos da ESE puderam começar a frequentar a piscina do Corinthia Hotel, que apesar do nome é um lugar bem bacana.

•6• Qualidade do ensino – Gostei nas duas primeiras semanas, depois fui percebendo algumas falhas graves, que vou listar no próximo tópico.

 

Método de ensino da ESE

escola-ESE-malta

Apesar de ter reservado apenas 1 mês para o meu intercâmbio, eu esperava um aprofundamento maior na língua, treinando vocabulário, gramática e sotaque, entre outros aspectos a aprimorar.

Mas as aulas se mostraram repetitivas e superficiais ao longo das 4 semanas de curso. O método do curso general da ESE consiste apenas num debate de tema a cada aula, seguido de uma conversação forçada entre duplas de alunos.

No início é legal para ir se soltando e conhecendo os colegas. Só que após um tempo, com amigos para conversar o que quiser em inglês o dia inteiro, eu fui ficando totalmente entediado. E esse não era uma impressão só minha. Vários colegas reclamavam e inclusive começaram a faltar as aulas, porque precisavam de tempo para estudar gramática em casa por conta própria.

 

Gramática sem prática

Pois é, a gramática é deixada bastante de lado, assim como o nivelamento dos turmas.

Aliás, o nível das turmas é o problema mais sério da escola e provavelmente de muitas outras que vendem pacotes de intercâmbio. Vou tentar explicar melhor, citando meu exemplo:

Cheguei em Malta com um nível já intermediário de inglês, precisando desenferrujar pra retomar meu status de avançado. Fiz um teste oral e realmente caí numa turma intermediária. Acontece que, dos 10 alunos, 7 mal se comunicavam em inglês. Pronúncia incompreensível e vocabulário básico. Mesmo lendo, muitos não entendiam praticamente nada dos exercícios.

Ok, pensei. Posso mudar, certo? Claro, o problema é que todo mundo pode mudar e sem teste algum pra isso, basta pedir e a professora aceitar. Uma dessas colegas, que mal falava the book is on the table, pediu e foi pro nível avançado na semana seguinte.

Aguentei mais uma semana na turma, já me sentindo um professor do pessoal. E olha que meu inglês estava bastante travado ainda. Então finalmente pedi pra mudar e “subi” de nível.

Adivinha? Os alunos tinham um nível inferior aos dos colegas do intermediário, com o diferença que ninguém parecia aprender nada, pois os livros eram mais complicados e professor menos paciente. Assim passei as duas últimas semanas nessa turma complicada, guiada por uma professora de acento britânico, mas totalmente apática.

 

Recomendo a ESE?

Sim, apesar das minhas decepções com o método de ensino. Alguns colegas que tinham mais tempo e dinheiro, trocaram pro ensino Acadêmico, que tem salas mais vazias e lições provavelmente mais profundas. Se quer realmente aprender, sugiro que já compre o seu pacote nesse método.

Se quer mesmo é curtir as praias de Malta e ir treinando o inglês enquanto isso, sem pressão, compre o pacote general mesmo e apenas com as aulas da manhã. Fazer o custo intensivo é só pra passar raiva e perder um tempo valioso em que poderia estar na praia ou jogando conversar fora (em inglês, claro) nas ruas de Paceville.

+ Onde ficar em Malta

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12 Comentários

  1. No total você gastou quanto em real mais ou menos nessa viagem? Incluindo hospedagem, escola, alimentação, vôo etc…

    1. Oi de novo, Janmille! Eu viajei muito em volta, passei 10 dias na Espanha, 10 dias na Itália, misturei os gastos… Pensa no que você pretende fazer e no seu estilo de vida pra calcular.

  2. Excelente texto, parabéns!!
    O ensino acadêmico que você se refere é o TOEFL, IELTS…?

      1. Entendi!! Eu ia fazer um intensivo pra depois passar pro TOEFL, mas depois de ler aqui, vou direto pro TOEFL. =)
        Obrigadão.

  3. MUITO bom esse artigo, eu estava olhando justamente esse General 30, mas estava me perguntando se de fato compensava abrir mão de ir pra praia ou para um bar com os gringos e pra ir pra essa aula. MUITO obrigado pelas dicas! ;)

  4. Nossa, adorei suas dicas! Tenho lido muito e visto vídeos sobre as escolas, acomodacoes e agencias de viagem e confesso que nenhum desses me acrescentou tanto quanto os seus comentários. Obrigada por dividir. :) Entre as escolas estou entre EC e ESE.Pela sua experiência e o que conversava com outros intercambistas saberia me ajudar?teria uma percepção de qual seria a melhor escolha? Foi ótimo a dica sobre o curso intensivo pois este estava nos meus planos.
    Outra coisa, sobre acomodações qual o tipo e os principais pontos que devo analisar antes de fechar?
    Vou passar 4 semanas e apesar de querer conhecer o pais o meu foco mesmo é desenvolver o ingles e perder a timidez de falar em outro idioma. O que aconselha para aproveitar ao máximo o aprendizado neste curto tempo?
    Obrigada e parabéns pelo ótimo blog!!!!!

    1. Obrigado, Letícia! É um prazer ajudar.

      Não tive amigos ou conhecidos da EC. Passei muito na porta, porque ficava dois quarteirões acima da ESE, num predinho bem legal, quase em frente ao supermercado. Uma boa área, cheia de facilidades. Sobre a qualidade do curso lá, como diria Glória Pires, não posso opinar. Se estiver cotando com a Descubra o Mundo, pergunte pra eles, me deram boas dicas sobre a ESE. Ou pro pessoal da página Brasileiros em Malta, no Facebook.

      Sobre a acomodação, o primeiro ponto a olhar é a localização. Escolha um lugar que dê pra ir a pé pra escola. Tem mais dicas sobre o assunto no post Onde ficar em Malta

      Pra aprender o máximo possível, fuja de brasileiros. Só assim você vai falar inglês o tempo todo e, quem sabe, até sonhar em inglês uns dias, haha. Tive essa sorte.

  5. Nossa é assim mesmo?
    Eu já tava planejando um mês no fim do ano na ESE Malta, mas depois desse seu relato vou repensar seriamente.

    1. Fala Márcio. O relato é bem sincero, coisa que não se vê por aí. No fim das contas, foi um elogio para a ESE. Mesmo com seus defeitos, é uma das melhores escolas de inglês de Malta. Pra investir melhor seu dinheiro, é só fazer um curso que não seja o General, talvez algo mais focado em negócios.

      Sobre ir no fim do ano, recomendo que veja aqui Qual a melhor época em Malta

      1. Obrigado pelas dicas! Com relação a época não dá muito pra fugir desse período pois esse é meu período de férias. Bom, em todo caso também não sou tão fã assim de praia, o meu objetivo maior é o intercâmbio mesmo. Foi bom você descrever sua experiência do inglês intensivo, pois era justamente esse que estava nos meus planos. Vou dar uma olhada nas outras modalidades de inglês oferecidas por eles. Também estou olhando para Descubra o mundo. A sua experiência com eles foi positiva? e no fim das contas você conseguiu melhorar seu inglês substancialmente? Voce acha que vale mesmo o tempo e o valor empregados? É muito diferente de uma escola aqui do Brasil? Novamente obrigado pelas dicas!

        1. Legal, que bom que ajudou. Olha, comigo a Descubra o Mundo foi positiva sim, muito útil na fase de escolha do destino e da escola. Fui um cliente fácil, e também tive sorte de ter dado tudo certo, como acomodação, por exemplo, que é o que deve gerar mais atrito entre Aluno e Agência. Quanto a mim, recomendo a Descubra o Mundo. De qualquer forma, vale buscar avaliações mais recentes sobre eles.

          Sobre as escolas, acho que não muda muito. Aliás, fazer um curso General lá é até pior que fazer um Wizard da vida aqui, pois aqui as turmas começam juntam e todos têm nível similar. Lá, como entra gente nova toda semana, o andamento fica prejudicado, você vê lições pela metade e coisas do tipo.

          O que muda é o fato de estar em outro país, treinando a língua 24h por dia. Se você se enturmar com brasileiros, vai ser inevitável falar em português. E aí seu investimento vai pelo ralo. Pensando nisso, evitei brasileiros sempre que pude. Só falava em inglês, e falava e ouvia muito, sem medo de errar. Em 1 mês, desenferrujei e aprendi muita coisa nova. Mas, pra subir mesmo de nível, recomendo pelo menos 3 meses.