7 dicas de ouro para sua viagem a Orlando (2024)
Sabia que Orlando é a cidade mais visitada por brasileiros nos Estados Unidos da América? Mas isso não significa que os guias de viagem disponíveis sejam sinceros. Afinal, focados em vender, muitos deles omitem informações importantes.
Aqui, você encontra dicas práticas para sua viagem a Orlando, na Flórida. E sobretudo, dicas SINCERAS E REALISTAS.
Uma lista com informações importantes relacionadas a clima, transporte, preços, câmbio e hospedagem, além de dicas para o seu roteiro ALÉM dos parques da Disney.
NÃO SEJA PATETA: Antes de comprar a passagem, verifique se o seu passaporte e o seu visto para os EUA estão dentro do prazo de validade. E faça um seguro viagem (orçamento aqui) válido por todo o período.
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Dicas de viagem a Orlando, na Flórida (EUA)
- Melhor época
- Chegada no aeroporto
- Como se deslocar
- Como escolher seu hotel
- Onde comer
- Ingressos da Disney
- Câmbio e cartões
Passei cerca de um mês na Flórida, principalmente em Orlando, focado em conhecer lugares diferentes e observando os principais aspectos para a organização ideal da viagem.
Tentando resumir ao máximo possível, listo abaixo dicas de Orlando para quem vai a primeira vez, ou mesmo para quem já conhece e quer evitar perrengues.
1. A melhor e a pior época em Orlando
- Vá entre dezembro e maio, quando o clima vai de frio a ameno em Orlando.
- Evite ir de junho a novembro, para fugir do calor intenso e dos furacões.
A Flórida está na rota dos furacões. Em novembro de 2022, o Furacão Ian passou pela cidade com força reduzida. Mas destruiu Cape Coral, a apenas 260 km de Orlando.
E por mais que um furacão chegue fraco a Orlando, o governo emite alertas de emergência, fechando parques de diversão e aeroportos. O que impacta bastante no roteiro e no custo da viagem.
Por isso, evite a temporada furacões, que vai de junho a novembro. Pelo histórico, outubro e setembro são os meses mais propensos às tempestades. Adivinha o que tem nessa época? Muitas promoções de pacotes para a Disney. Fique atento.
Além disso, em junho, julho e agosto, o calor é intenso em Orlando. Imagine pegar 40 ºC na fila de um parque da Disney. Prefira ir no meses de outono, inverno e primavera.
2. Melhor aeroporto para chegar em Orlando
O Aeroporto Internacional de Orlando, cuja sigla é MCO, é o único grande aeroporto que fica de fato em Orlando. Ele está localizado a 30 km da principal região de parques e hotéis.
Mas é comum que sites de cias aéreas mostrem voos para o Aeroporto de Fort Lauderdale, cuja sigla é FLL. Mesmo que você marque Orlando como destino. Cuidado com essa cilada. Fort Lauderdale fica na região de Miami, a 340 km da Orlando. São 4 horas de viagem de carro, num trânsito intenso, além dos custos de deslocamento, que não são cobertos pelas empresas aéreas.
NÃO SEJA PATETA, PARTE II: evite agendar passeios para o dia da chegada. Além de estar cansado, você vai precisar enfrentar a fila da imigração, que costuma ser grande. A boa notícia é que a fiscalização em Orlando costuma ser menos rigorosa do que em outros aeroportos dos Estados Unidos.
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3. Dicas para se deslocar em Orlando
Orlando praticamente não possui transporte coletivo. Nem ônibus, nem metrô.
Existe apenas o SunRail, trem que cruza as regiões centrais de Kisimmee, Orlando e Winter Park. Mas ele não é útil para se deslocar até os parques e pontos turísticos. A passagem custa a partir de 2 dólares.
Para ir do Aeroporto de Orlando (MCO) até o seu hotel, e também para se deslocar entre parques é passeios, recomendo alugar um carro (preços aqui). Como existem muitos pedágios, muitos deles sem paradas com pessoas, confira se o carro já vem com o equipamento de cobrança automática.
Caso você não dirija, hospede-se num hotel da própria Disney, com transporte incluído até os parques. O transporte oferecido pode ser em ônibus, trem, barco e ate teleférico. Depende do hotel e do parque.
Está tudo explicado no site da Disney. Esse teleférico da foto, por exemplo, é o que eles chamam de Disney Skyliner, e interliga os parques Epcot e Hollywood Studios a alguns hotéis.
Ou fique o mais próximo possível dos seus pontos de interesse, pois táxi e Uber são muito caros em Orlando. Nas comparações que fiz, custam cerca de 5x mais do que no Brasil.
Ter um chip internacional no seu celular vai ajudar muito! Se não alugar carro, pode chamar um Uber sempre que precisar. E se alugar, poderá traçar todas as rotas no GPS. Veja meu relato: Dica de chip para usar nos EUA. Vale a pena ter internet o tempo todo e não depender de W-Fi.
4. Melhor lugar para se hospedar em Orlando
De modo geral, os hotéis em Orlando são muito caros para o que oferecem. Principalmente depois da pandemia, os valores das diárias subiram bastante.
A dica para ficar no melhor hotel possível de acordo com seu orçamento, é ter atenção às avaliações dos hotéis e escolher uma localização adequada para o seu roteiro.
Seu foco é nos parques da Disney?
Então escolha um hotel próximo a eles.
Por exemplo, o Walt Dinsey World Dolphin, localizado bem entre o Epcot e o Hollywood Studios, oferece bom custo-benefício e transporte gratuito para os 5 grandes parques. Boa escolha para quem estiver sem carro.
Confira a lista completa de hotéis da própria Dinsey, pois todos eles também oferecem transporte incluído aos parques. Como falei acima, essa também é a melhor opção de hospedagem para quem não pretende alugar carro.
Seu foco é nos parques SeaWorld e Universal?
Escolha um hotel próximo a eles, como o Universal’s Loews Sapphire Falls Resort, que oferece transporte de barco para o parque da Universal.
Nessa região estão hotéis um pouco mais em conta, a exemplo do Four Point By Sheraton International Drive, um dos poucos bons hotéis de Orlando onde ainda é possível gastar menos de R$ 1.000 na diária. Em algumas datas na baixa temporada, até menos de R$ 800.
Não se importa tanto com parques e distâncias?
Direcione sua hospedagem de acordo com os hotéis. Você pode até ficar na simpática região central de Orlando, um raro lugar onde pode ir andando a cafés, lojas e restaurantes.
Por exemplo, pode ficar no confortável Embassy Suites By Hilton ou no muito bem avaliado AC By Marriot Downtown.
Outra grande vantagem dessa região, é ser vizinho da estação de trem Church Street Station, de onde você pode ir para a Orlando Station, de onde partem os trens da Amtrak, que percorrem boa parte da Flórida e dos EUA. Dá pra ir, por exemplo, até a histórica Savannah ou mesmo para Miami.
5. Onde comer em Orlando e não passar muita raiva
Se você gosta de comer bem, vai passar raiva na maioria dos lugares Orlando.
É minha opinião, lógico, mas é muito sincera. De modo geral, nos restaurantes dos Estados Unidos se come muito pior do que no Brasil. Especialmente na Flórida, o estado mais turístico do país.
Dentro dos parques da Disney, além de ruim, a comida é muito mais cara. Se não bastassem os preços já altos, em qualquer lugar é preciso dar uma gorjeta em média de 20% ao garçom.
Dica saborosa: em Kissimmee, perto do Epcot e o Hollywood Studios, a Via Capri Pizzaria foi onde provei a melhor pizza na Grande Orlando. Pra melhorar, o lugar é de um brasileiro. Além de ter um ambiente legal, eles entregam nos hotéis da região. Muito acima do padrão Flórida de qualidade, então vá conhecer.
Nas regiões mais turísticas, existem praticamente apenas restaurantes de rede. De lanchonetes, como McDonalds e Wendy’s, a restaurantes como o Olive Garden, é tudo no padrão fast-food de qualidade.
Até no que eles chamam de padaria, como a rede Panera Bread, a comida decepciona. Apesar de ser um dos poucos lugares para se provar, sem gastar tanto, algumas comidas típicas dos EUA.
Até em lugares um pouco mais caros, por exemplo a The Cheesecake Factory, a comida tem aquele gosto de industrializada.
Das redes, o único lugar que achei razoável foi o Chipotle, de comida mexicana bem servida e relativamente barata. Bem melhor do que o Taco Bell.
Por isso tudo, a dica para não passar raiva com os restaurantes de Orlando, é não criar expectativas. Não acredite nos filmes ou nas propagandas. Tudo parece saído da praça de alimentação de um shopping center.
6. Dicas para comprar ingressos para os parques da Disney
A melhor forma de comprar seus ingressos depende do seu roteiro e das suas preferências. Como não sou especialista em parques, deixo aqui um vídeo com muitas dicas para você entender onde e como comprar e reservar ingressos com o melhor custo-benefício, do canal VPD Play:
- É aficcionado por parques de diversão? Para conhecer todos os parques, sai mais em conta comprar um pacote de ingressos por vários dias. Pode comprar no site oficial da Disney.
- Precisa ou prefere pagar parcelado? Nesse caso, a dica é comprar um “combo” de ingressos junto com o seu pacote de viagem.
- Tá indeciso? Deixe para comprar seu ingresso na bilheteria do parque. Para isso, a recomendação é ir em dias de semana, meses de baixa temporada e evitar feriados dos Estados Unidos.
7. Câmbio: que moeda e cartões de crédito levar para Orlando
Leve dólar para Orlando. Compensa mais comprar no Brasil. Mas não leve apenas dinheiro em espécie: atualmente, é mais fácil e prático pagar as contas, inclusive as gorjetas, no cartão.
Dinheiro em espécie: faça a cotação na Confidence, que inclusive tem serviço de entrega, dependendo da sua cidade.
Cartão: prefira cartões mais modernos, como Nomad, Wise ou C6 Conta em Dólar. Eles cobram apenas 1,1% de taxa de IOF nas compras internacionais, diferente dos 4,38% dos cartões de bancos convencionais em 2024.
Praticamente todos os lugares em Orlando aceitam cartão. Inclusive, nem sei dizer onde não aceita ou onde ainda é vantajoso pagar em espécie. Utilizei cartão em todas compras na última viagem.
Abaixo, algumas médias de preços para você calcular quanto vai gastar na viagem, de acordo com suas preferências e possibilidades:
- Passagem ida e volta do Brasil para Orlando – A partir de 900 dólares (preços de passagens)
- Hotel simples em Orlando – A partir de 100 dólares
- Hotel confortável em Orlando – A partir de 200 dólares (preços de hotéis)
- Resort de luxo do Orlando – A partir de 500 dólares
- Diária de aluguel de carro em Orlando – Em média de 60 a 80 dólares, depende do carro
- Sanduíche ou burrito em fast-food Orlando – Em média a partir de 7 dólares
- Pizza tamanho família em parque da Disney – Em média a partir de 30 dólares
- Prato de massa em restaurante bem avaliado em Orlando – Em média a partir de 15 dólares
- Ingresso único de parque da Disney – A partir de 109 dólares
- Ingresso único do parque da Universal – 120 dólares
Fiz um guia completo sobre Preços e quanto gastar em Orlando, onde você encontra ainda mais detalhes sobre os valores para calcular seu orçamento de viagem.
Vá além de Orlando
Pra finalizar, a dica mais importante de todas: NÃO FIQUE SÓ EM ORLANDO.
Caso você não seja um adolescente, ou não seja dominado por eles, aproveite para conhecer cidades muito mais interessantes na Flórida e nos estados próximos.
Por exemplo, sabia que a cidade mais antiga dos Estados Unidos fica na Flórida? Estou falando de Saint Augustine, a apenas 170 km de Orlando. Além de ser um passeio histórico, a cidade fica no litoral, o que facilita para você combinar com a visita a alguma praia.
De carro ou de trem, vá visitar Savannah, outra importante cidade histórica com fama de mal-assombrada. Lá foram gravados filmes clássicos como Forrest Gump e Meia-noite no Jardim do Bem e do Mal. Fica a cerca de 5 horas de Orlando.
E lógico, vá passar uns dias em Miami. Com uma praia paradisíaca pertinho do centro, lindos edifícios em Art Déco e a vida noturna mais animada da Flórida, Miami segue como um destino quente, apesar de estar caríssima. Nosso guia Onde ficar em Miami vai ajudar no seu planejamento.
Aqui no blog você encontra mais dicas para sua viagem e ainda pode tirar suas dúvidas. Basta perguntar pelos comentários abaixo ou entrar em contato pelo e-mail nivaldo@buenasdicas.com.
Desejo a você e sua família uma excelente viagem a Orlando e outros destinos na Flórida.
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Gostaria de saber, passeios em parques da Disney par faixas de 7 anos
Oi Luiz. Os parques da Disney tem muitos brinquedos para crianças nessa faixa etária. Mas, como comentei aqui no post, não me dediquei a visitar os parques. Boa viagem.