Lençóis Maranhenses: dicas e roteiro no lugar mais bonito do Brasil

Não tenho a menor dúvida de que os Lençóis Maranhenses são um dos um dos lugares mais bonitos do Brasil e do mundo. Bom pra nós brasileiros, porque além de incrível, é fácil chegar lá. E o Maranhão é um dos estados mais baratos para fazer turismo no Brasil. Os preços são muito acessíveis, tanto de passeios quanto de comidas, hotéis e transporte.

No meu roteiro de 8 dias pela região, visitei as lagoas mais bonitas, conheci outros pontos turísticos e utilizei diferentes meios de transporte. E agora vou contar um pouco dessa viagem, com muitas dicas sobre o que fazer, melhores passeios, agências de turismo e o que realmente vale a pena aproveitar.

Viagem aos Lençóis Maranhenses

Confira a seguir as informações mais importantes para planejar sua viagem aos Lençóis Maranhenses, incluindo dicas práticas, lugares e passeios imperdíveis e deslocamentos, entre outras coisas.

• Curiosidades e informações básicas sobre os Lençóis Maranhenses

  1. Não é um deserto. Apesar das grandes dunas de areia, chove muito na região nos primeiros meses do ano. O resultado é a formação das lagoas.
  2. As dunas se movem. O vento corre livre, soprando os grãos de areia noite e dia. Lentamente, dunas surgem ou mudam de lugar.
  3. Tem milhares de anos. A formação atual da enorme área dos Lençóis Maranhenses tem entre 5 e 7 mil anos de idade, segundo a estimativa de especialistas.
  4. Não vai sumir do mapa. Diferente de praias e florestas que podem desaparecer com as mudanças climáticas, a tendência é que haja uma expansão dos Lençóis Maranhenses, devido ao aumento da seca e dos ventos no nordeste.
  5. É maior do que muitos países. Criado em junho de 1981, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses ocupa uma área de 155 mil hectares, equivalente a 140 mil campos de futebol. É mais do que o dobro do tamanho de países europeus como Malta e Andorra. É maior também do que a ilha de Florianópolis.

Roteiro nos Lençóis Maranhenses

Nesse relato da minha viagem para os Lençóis Maranhenses, tem muitas dicas, como preços de passeios, como chegar nas principais cidades, lagoas, praias, fotos, atrações e atividades que eu fiz. Com sinceridade absoluta, também comento sobre o que merece ou não ser feito.

Dia 1 – Voo para São Luís e van para Barreirinhas

Peguei um voo direto de Brasília para São Luís. Cheguei na capital maranhense ainda de manhã, e lá mesmo, no balcão de informações turísticas, reservei uma van para Barreirinhas. A van chegou ao aeroporto na hora marcada, às 15h30, e partiu para a “capital dos Lençóis Maranhenses”.

Cerca de 4 horas depois, numa viagem tranquila pela estrada de São Luís para Barreirinhas, o motorista da van me deixou na porta do hotel, às margens do Rio Preguiças. Nos primeiros dias, fiquei hospedado no hotel Beira Rio.

Aproveitando que algumas agências de turismo em Barreirinhas ficam abertas até 23h, saí para jantar e depois passei na DT Turismo, onde comprei o passeio para os Pequenos Lençóis, Mandacaru e Caburé.

Dia 2 – Passeio à Lagoa Bonita (melhor passeio)

É o principal passeio dos Lençóis Maranhenses, onde estão as lagoas mais famosas e a vista mais impressionante das dunas (e provavelmente uma das coisas mais incríveis que você verá em sua vida).

O passeio está à venda em praticamente todas as agências de turismo de Barreirinhas, localizadas no centro e na orla da cidade. Custa em média a partir de R$ 130.

• Dicas sobre o passeio à Lagoa Bonita

O trajeto até o início das dunas dura mais ou menos 50 minutos e é feito por caminhonetes adaptadas, nada confortáveis. Isso aí, vai todo mundo na caçamba. Nos assentos laterais, é normal levar uma surra de galhos pelo caminho. Na traseira, os solavancos são maiores. Se for o primeiro a embarcar, vá no banco de frente, sentado bem no meio.

É melhor fazer o passeio à tarde, para finalizar com o pôr-do-sol, que é espetacular. Além do que, a temperatura no final do dia é bem mais agradável do que ao meio-dia.

As melhores lagoas não têm nome. Apesar da Lagoa Azul ser a maior dessa região do parque, achei as lagoas desconhecidas mais bonitas e melhores para nadar.

O passeio é guiado e o tempo passa voando. São somente três horas para percorrer as lagoas. Os guias ficam sempre por perto do seu respectivo grupo, pra ninguém se perder e atrasar a volta. Então faça valer o seu passeio, role na areia, mergulhe, só não perca tempo.

Dia 3 – Passeio à Lagoa Azul

Todo mundo chega nas agências de turismo e faz a mesma pergunta: qual lagoa é mais bonita, a Azul ou a Bonita? Como o nome já indica, a Lagoa Bonita é mais bonita. Mas a Azul também é maravilhosa.

Como as dunas da região da Lagoa Azul são mais baixas, o visual é um pouco menos impactante.

E em média o passeio custa R$ 10 a mais do que para a Lagoa Bonita. Mas achei o trajeto bem menos sacolejante, o que é uma importante vantagem.

• Dicas sobre o passeio à Lagoa Azul

O transporte é igualmente desconfortável, na caçamba das caminhonetes. Então as dicas para escolher seu banco também são válidas aqui. A vantagem aqui é que o percurso é um pouco menor, algo como 20 minutos a menos de sacolejo.

O pôr-do-sol também é incrível e também é melhor fazer o passeio depois do almoço, pra encerrar em grande estilo e sofrer menos com o calor.

Achei que as lagoas fora do percurso oficial são ainda mais bonitas. Sem ir muito longe e sempre avisando o guia, mergulhe também em lagoas sem ninguém ou menos infestadas de turistas. Elas são menos mexidas e provavelmente mais limpas. Afinal, onde você acha que todo mundo faz xixi?

Na volta, comprei uma tapioca boa e barata enquanto esperava a balsa e gostei. Além de matar um pouco da fome, é uma forma de ajudar a comunidade local, que depende muito do turismo. Estava muito gostosa.

Dia 4 – Passeio aos Pequenos Lençóis

Hospedado no Hotel Beira Rio, tive a regalia de embarcar na voadeira direto no deque do hotel. Barco pequeno e veloz, a voadeira é o principal meio de transporte no Rio Preguiças. Curtir o trajeto é melhor do que os destinos em que o barco atraca.

Na voadeira, pense bem em como escolher o seu lugar. É um paradoxo. Os bancos da frente tem a melhor vista do barco e estão distantes do barulho do motor. Nos bancos do meio e do fundo, você vai mais protegido do sol e não toma banho a cada ondulação no rio.

• Vassouras e Pequenos Lençóis

Um bar cheio de macacos e algumas dunas e lagos ao redor. É bonito, mas nada que se compare à grandiosidade do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Apesar da placa “não alimente os macacos”, eles próprios garantem suas comidas humanas, furtando os turistas. Fique ligado.

• Povoado de Mandacaru

Parada rápida para conhecer o Farol de Preguiças. Escadaria sem fim, calor infernal e uma vista impressionante lá do alto. Na volta pra voadeira, experimente a melhor caipirinha do Brasil, feita numa banca improvisada na entrada do povoado.

• Caburé

A Praia de Caburé fica numa península de areia entre o Rio Preguiças e o mar, com alguns restaurantes rústicos.

Além de comer, a dica é usar o tempo na praia para alugar um quadriciclo e percorrer uma maior extensão da área. Aluguei e valeu a pena.

Nos restaurantes, os pratos principais teoricamente servem duas pessoas, mas na prática são imensos e podem alimentar uma família de cinco. Em média, custam a partir de R$ 90.

Como fiz o passeio duas vezes, conheci dois restaurantes. Ambos diziam aceitar cartão de crédito, mas o sinal da maquininha não funcionou. E o sinal do celular, para fazer um PIX, é provável que também não funcione.

Por isso, recomendo levar dinheiro em espécie. Principalmente se seguir viagem para Atins, onde não tem banco, não tem caixa eletrônico e os poucos lugares que aceitam cartão, geralmente cobram a mais por isso.

Arroz de Cuxá, uma das melhores comidas típicas do Maranhão | Caburé, Lençóis Maranhenses

• Chegada de barco em Atins

Esse passeio é a melhor forma de chegar em Atins, que fica a 10 minutos de barco de Caburé. Então programe sua ida para essa que é a melhor praia do Maranhão para o seu último dia em Barreirinhas.

Pra fazer a travessia na voadeira do passeio, de Caburé pra Atins, avise na hora da compra do passeio que você vai em seguida para Atins. Aí você já paga uns R$ 20 a mais pela travessia.

• O transporte mais barato para Atins não vale a economia

Investigando muito, descobri que existe como ir de Barreirinhas para Atins em caminhonete adaptada, no mesmo estilo que faz os passeios. O embarque é improvisado, na avenida em frente à Prefeitura de Barreirinhas.

A viagem na caminhonete custa metade do preço do passeio de barco. Mas, confie em mim, não vale a pena.

Blogueiro raiz que (às vezes) sou, fiz dessa forma a viagem de volta, de Atins para Barreirinhas, e me arrependi amargamente.

O longo e demorado trajeto é todo feito em estrada improvisada na areia, passando por dunas, vilarejos e balsa. Sacolejos, pancadas e risco de perder os dentes na barra de ferro do banco da frente. Não cronometrei, mas foram mais de duas horas de arrependimento.

Dia 5 – Atins

Quando vi Atins, imaginei que Jericoacoara deveria ser assim 20 anos atrás. Uma vila de pescadores que está começando no turismo. Autêntica, sem problemas de gentrificação e turismo massivo.

O mar é escuro, um pouco barrento, afinal a cidade está na foz do Rio Preguiças. Mas as águas são mornas e calmas, ideais para a prática do kitesurf e agradáveis para nadar. Os restaurantes são gostosos. Aliás, em Atins experimentei as melhores comidas típicas do Maranhão.

Passei apenas três dias em Atins, mas poderia tranquilamente dedicar um mês inteiro a não fazer nada por lá. Foi isso que fiz nesse primeiro dia.

Dia 6 – Lagoa da Capivara, Praia e Canto do Atins

Se ficar entediado na praia e buscar o que fazer em Atins, a primeira dica é fazer este passeio para a Lagoa da Capivara.

Não sei por qual razão, esse é um passeio um pouco mais caro do que os passeios para as lagoas próximas a Barreirinhas.

O transporte é no mesmo padrão, sacolejando na caçamba de uma caminhonete adaptada. Mas o trajeto é mais curto e tem menos solavancos.

Estas abaixo são as principais atrações e paradas durante o passeio à Lagoa da Capivara.

• Lagoa da Capivara

assim como nos outros passeios pelos Lençóis Maranhenses, existem muitas outras lagoas para conhecer ao redor dessa que dá nome ao pacote vendido. A Lagoa da Capivara propriamente dita, é a maior da região, onde o guia turístico se senta junto à maioria dos turistas.

Por isso mesmo resolvi nadar na lagoa abaixo, que era menor e mais limpa, sem a urina acumulada de meses de temporada. Nas lagoas ao lado, praticantes de kitesurf rasgavam as águas em alta velocidade. Queria ter feito aulas ali, sem o risco de escapar oceano afora.

O lugar é lindo, mas não é tão incrível quanto as regiões da Lagoa Bonita e da Lagoa Azul. As dunas são menores, as lagoas tem uma vegetação “estragando” o visual e pelo caminho reparei em bolinhas estranhas, que descobri serem fezes de cabras.

• Praia de mar aberto

Depois de uma caminhada de cerca de 15 minutos até a caminhonete, seguimos para uma praia próxima. A segunda e última de mar aberto que vi na viagem. Muito mais azul do que a praia principal de Atins, mas também muito mais violenta. Ondas fortes, areia fofa, praia de tombo. Tenso. A parada é rápida e vale a pena só pra tirar fotos mesmo.

• Canto do Atins

Nada mais é do que um lugar, no meio do nada, onde estão o famoso Restaurante da Luzia e menos conhecido Restaurante do Antônio.

A fama da Luzia veio depois de uma crônica do Ricardo Freire, do Viaje na Viagem, que provou ali, em 2005, o então melhor camarão do mundo.

Mas, seguindo a recomendação de outros blogs e moradores de Atins, fui no Restaurante do Antônio, irmão dela. Dizem que a receita é a mesma. Provei e achei normalzinho, nada sensacional. Em Atins e Caburé comi camarões melhores e mais baratos.

Dia 7 – Aula de Kitesurf em Atins e revoada dos Guarás

Cansado de passar vontade, resolvi finalmente encarar uma aula de kitesurf. Fui encorajado pelo mar calmo e cercado de bancos de areia, aparentemente mais seguro do que as praias de Jericoacoara e Cumbuco, por exemplo. O preço também foi importante, já que o hora-aula estava mais em conta do que todas as outras que pesquisei no Ceará, em Brasília e em Florianópolis.

Fiz duas horas de aula. E não aprendi quase nada. Passei as duas horas treinando o tal do controle de pipa. Segurar aquilo no ar é mais difícil do que parece. O vento é uma coisa brutal. Amarrado à pipa e ao instrutor, ralei pra entender o mecanismo e no fim da aula já estava conseguindo segurar a pipa sozinho. Em terra firme. Porque, pra entrar com aquilo no mar, um aluno mediano precisa de pelo menos 8 horas de aula. Se quiser se arriscar antes disso, saiba que você pode ir parar em alto mar. Ou no fundo dele.

• Revoada dos Guarás (lindos pássaros vermelhos)

Não vale a pena. O passeio, um dos mais baratos da região, deveria ser feito só por apaixonados por aves. Mas é propagandeado pra geral.

Basicamente, você paga para ir até o outro lado do rio de barco.

Aí, fica lá sendo picado com mutucas sanguinárias, enquanto os guarás passam voando por cima. Segundo a guia do passeio, não tivemos sorte e eles passaram longe, talvez por culpa de uma criança barulhenta chorando. De qualquer forma, não vale o preço. Melhor gastar em caipirinha.

Dia 8 – Viagem de volta pra São Luís

Foi lindo, pena que acabou. No oitavo dia, acordei cedo, peguei o pau-de-arara em Atins e cheguei em Barreirinhas por volta de 13h.

• Ônibus de Barreirinhas para Atins

Em vez de repetir a viagem de ida, em van, resolvi testar o ônibus que faz o trajeto entre Barreirinhas e São Luís.

Tem horas que ser blogueiro de viagem não é tão legal.

Já sem hotel e com as malas a tiracolo, esperei algumas horas até o horário de embarque no ônibus da Cisne Branco para São Luís.

Viagem longa, quente e desconfortável.

Apesar de ser um ônibus com ar-condicionado, algum incivilizado a bordo abriu a janela. Aí, foi um efeito dominó, com muito mais gente abrindo os vidros.

Alguém precisa trancar aquelas janelas.

Mas, depois de passar 7 dias no lugar mais lindo do Brasil e do mundo, aguentei as 5 horas e calor de viagem com resiliência. E logicamente arrependido por não ter voltado de van.


E você, tem alguma dúvida ou dica de viagem sobre os Lençóis Maranhenses?

Esse roteiro é inteiramente baseado na minha experiência. Outras pessoas podem ter outras experiências e dicas sobre os Lençóis Maranhenses. Se você tem alguma informação a acrescentar, pode comentar à vontade. E se tiver alguma dúvida sobre qualquer coisa, tipo transporte, hospedagem, preços e passeios, comenta aqui também. Vou responder o mais rápido possível. E boa viagem!

Veja também:

Fontes. Além da experiência de um longo roteiro pelos Lençóis Maranhenses, pesquisei alguns sites na internet para verificar informações e enriquecer as dicas. Foram eles: VixO Imparcial ICMBIO.

Viajar com tudo reservado é bem melhor

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19 Comentários

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  4. Oi Nivaldo,
    que legal seu relato, vai nos ajudar muito!
    vou em julho, infelizmente não tenho férias em outra época. Teremos 7 dias.
    Acha que vale à pena começar por Alcântara, ao invés de terminar?
    Aí faríamos Alcântara (1 dia), 3 dias nos Lençois, 2 1/2 dias em São Luís.
    Alguns do grupo não são os maiores amantes de praia…
    Abço e obrigada!
    Lilian

    1. Oi Lilian. Acho que vai ser até melhor passar em Alcântara antes. Digo isso porque, depois de conhecer os Lencóis, qualquer lugar vai parecer menos bonito. Então vá antes mesmo. Boa viagem!

  5. Olá, tudo bem?! Você acha que vale a pena ir para os lençóis em Agosto, levando em consideração o que você disse sobre a “pureza” da água das lagoas?!

  6. Nivaldo,
    Adorei suas dicas. Ri muito da parte que vc comenta que quase perdeu os dentes na barra de ferro do veículo. Sou mineir, moro em São Luis faz 13 anos e já fui varias vezes em Barreirinhas. No feriado vou levar meus 2 filhos, vamos de carro, viagem em família e aproveitei para pesquisar e saber as novidades dos últimos tempos.

    Acho que é bem isso que vc disse: aproveitar tudo, todas as experiências, e uma coisa pequena como o calor do ônibus não pode tirar o brilho de vários dias maravilhosos. Adorei seu site!
    Grande abraço! Sucesso em suas viagens! E obrigada por compartilhar! Sempre que viajo, até para o mesmo lugar, gosto de pesquisar e saber o que está rolando por lá.

    1. Olá, Fabiana! Que bom que gostou do relato. Já tenho vontade de voltar. Sempre recomendo uma viagem aos Lençóis para todo mundo que conheço. Lugar incrível. Boa viagem!

  7. Olá Nivaldo, TD bem? Sairei de férias em março e observei que alguns posts não consideram esse mês como mais indicado para conhecer os Lençóis. Qual a sua perspectiva sobre isso? Muito obrigada!!

    1. Olá. É isso mesmo. Março é o mês mais chuvoso do ano na região dos Lençóis Maranhenses, o que pode atrapalhar os passeios. E não é possível saber com antecedência se vai encontrar lagoas secas ou cheias, pois depende do volume de chuvas. A melhor época para fazer essa viagem é nos meses de junho, julho e agosto. Em setembro e outubro também há boas chances de encontrar lagoas cheias, mas isso depende de como foi a temporada anterior de chuvas. Minha experiência: viajei no meio de agosto, estava tudo lindo, lagoas cheias e não vi uma gota de chuva. Quantidade razoável de turistas, sem a muvuca de julho. Acompanhei viagens de relato pra lá o ano todo e, em 2017, tinha lagoas cheias até novembro. Esse ano não vi como está.

      1. Obrigada Nivaldo pelo pronto retorno e atenção! Terei que deixar esse passeio para outra ocasião ( infelizmente 😞). Alguma sugestão de lugar interessante para ir em março ou início de abril?

  8. Olá Nivaldo
    Viajo pra lá no fim do mês de junho gostaria de saber qual o valor aproximadamente que vc gastou com essa viagem
    Ah obrigada pelas dicas estão sendo muito úteis

    1. Oi Bruna. Legal, escolheu uma época boa, ainda da muvuca de julho. Depois volta aqui pra contar como foi.

      Nunca somei tudo, vou fazer agora na resposta, bom que você vê os principais gastos. Eu fiz uma viagem classe média, haha, sem luxos, mas também ser economizar demais, ficando em hotéis medianos e gastando mais com comida, por virei fã da culinária maranhense. Bora lá:

      Passagem de avião ida e volta Brasília-São Luís: R$ 700
      Transporte ida e volta São Luís-Barreirinhas: R$ 120
      Hotel (7 noites, numa média de R$ 200 o quarto de casal, dividido): R$ 700
      Passeios em Barreirinhas (Lagoa Bonita, Lagoa Azul e Caburé, numa média de 70 cada): R$ 210
      Passeio em Atins pra Lagoa da Capivara: 70
      Aula de Kitesurf em Atins: R$ 320
      14 refeições, numa média de R$ 40 em restaurantes bons, sem luxo: R$ 560
      TOTAL: R$ 2680

      É possível ficar muito mais barato do que isso. Tirando a aula de kitesurf, que foi caro, já baixa pra R$ 2360. Também é possível comer bem pela metade do preço. Aí o valor total já iria pra R$ 2.080. Se ficar em hostel e pousadas mais simples, o total pode ficar abaixo de R$ 1.800 por pessoa.

      Nessa conta não considerei gastos menores, tipo água mineral no mercado, repelente que esqueci de levar, algum lanche pelo caminho. Então é bom ter uma reserva.

      Lembrando que muitos lugares aceitam cartão, como agências de turismo em Barreirinhas e os melhores restaurantes. Mas é bom ter dinheiro vivo pra levar a Atins, onde é raro alguém aceitar cartão, nem pousadas, e se aceitam, cobram um pouco mais. Em Barreirinhas tem agência do Banco do Brasil no centro. Também reparei num Bradesco.

      Qualquer outra dúvida é só perguntar.

  9. Olá Nivaldo! Ótimas dicas, mas gostaria de saber se compensa alugar o carro para ira até Barreirinhas? No aeroporto foi fácil você achar tranfers até lá? A cidade o sinal de celular é bom?? To indo para lá no final do mês maio …

    1. Olá, Eliane! Eu cheguei sem nenhum transporte programado. Aí, saindo do portão de desembarque em São Luís, dei de cara com um balcão de informações turísticas. Perguntei pro funcionário onde poderia encontrar um tranfer, e ele próprio ligou para um conhecido, que faz o trajeto todos os dias. Esperei umas duas horas e ele chegou na hora marcada. A Van foi com lotação máxima. Não lembro o valor exato, foi algo como R$ 60. Como passei 8 dias nos Lençóis, iria sair muito caro alugar carro. Se for uma viagem curta, pode valer a pena. Mas, de qualquer forma, você vai precisar comprar os passeios pra visitar o Parque Nacional, porque só guias credenciados podem dirigir lá. Sem falar que deve ser complicado dirigir nas estradas de areia. Eu contei todos os detalhes sobre a viagem e a estrada entre São Luís e Barreirinhas aqui: Como chegar em Barreirinhas: transporte e condições da estrada.

      O sinal de celular, só pra ligação, estava ok no centro de Barreirinhas. Nos passeios para lagoas, rios e povoados, é instável. Agora, pra internet, o sinal é ruim até no centro. Não tem 4G, 3G é raro e mesmo o sinal fraco é instável.

      Que legal, deve ser bonito em maio, ainda sem muita gente e com as lagoas mais limpas. Depois volta aqui pra contar como foi. E boa viagem!

  10. Obrigado pelo comentário, Antonia. O Maranhão é lindo e recomendo muito você fazer essa viagem logo. Qualquer dica que precisar ou dúvida que tiver, é só perguntar.

    1. Obrigado, Antonia! Que bom que gostou das nossas dicas dos Lençóis Maranhenses. Além de ser um lugar barato pra viajar, é muito lindo. Não é exagero dizer que é o destino mais bonito do Brasil. Belezas inacreditáveis. Boa viagem!