Roteiro de 10 dias na Bolívia e no Peru | De La Paz a Machu Picchu
Em tempos de dólar, euro e pesos nas alturas, a melhor dica para viajar barato ao exterior é conhecer a Bolívia e o Peru, países que são a meca latina dos mochileiros. Veja como explorar em 10 dias lugares como La Paz, Isla del Sol, Puno e Machu Picchu, com paisagens indescritíveis e uma imersão única na cultura andina.
O roteiro está calculado considerando ida de avião pra La Paz, volta de Cuzco e trechos internos de ônibus, que foi como eu fiz e sem dúvidas é a maneira mais barata de viajar por Bolívia e Peru. Vou dar algumas dicas de transporte, que é um pouco confuso nos dois países.
Mais Buenas Dicas para o seu Mochilão na América do Sul
Dia 1 – Chegada em La Paz
Se o seu voo chegar cedo, explore os lugares mais interessantes de La Paz, que são a Plaza Murilo, onde está a imponente Catedral de La Paz (cuidado com os pombos) e o pitoresco Mercado de las Brujas, uma região de ladeiras repletas de lojas de artigos para bruxarias, incluindo fetos de lhama. Procure uma agência de turismo, provavelmente no seu hotel terá uma, e compre o passeio mais comum e barato da cidade: um pacote que inclui a subida ao Chacaltaya e um passeio por interessantes formações rochosas. Veja mais dicas de pontos turísticos de La Paz.
Dia 2 – Passeio por Chacaltaya e Valle de la Luna
Valle de La Luna, em La Paz
Eu não me arrisquei a pegar ônibus lotado em La Paz e muito menos a dirigir por lá. Os passeios turísticos são uma boa maneira de facilitar a vida em meio ao caos da Bolívia. Na van da agência de turismo, cruze a região periférica de El Alto e siga por entre lhamas, lagunas e cholitas até o Pico Chacaltaya, onde está a estação de esqui mais alta do mundo. No verão a neve é escassa e dá pra caminhar até 5 421 metros de altitude. Tome um chá de coca e siga na van para o Valle de la Luna, um sítio arqueológico com um terreno que lembra o solo da Lua.
Dia 3 – De La Paz para Copacabana e Isla del Sol
Acorde cedo, vá pra rodoviária de La Paz e compre uma passagem para Copacabana. Ou garanta essa passagem um dia antes. Quando fiz a viagem, os ônibus partiam 8h30 e 14h em direção a Copacabana. A outra opção é pegar um ônibus no “Cementerio”. Sim, cemitério. O lugar funciona como uma grande terminal, tem mais linhas disponíveis e passagens mais baratas. Mas eu gosto de lugares bonitos e a rodoviária de La Paz é muito estilosa.
La Paz está a apenas 154 km de distância de Copacabana, mas entre curvas fechadas, despenhadeiros, ladeiras e balsas, a viagem dura cerca de 4 horas. Tenha alguns trocados pra pagar a balsa, enquanto o ônibus atravessa um braço do Lago Titicaca em cima de uma grande plataforma.
Foto de Alex Proimos
Copacabana é uma pequena cidade turística à beira do Lago Titicaca. Tem uma rua charmosa, cheia de restaurantes e pousadas. E só. Mas ela é o principal acesso para a Isla del Sol, o lugar mais lindo do mundo. Saia da precária rodoviária, desça a ladeira e compre sua passagem de barco para a Isla del Sol em uma das muitas agências de turismo ou no cais. Saem apenas dois barcos por dia para a ilha. Recomendo embarcar no das 13h, pra chegar cedo e aproveitar o dia na ilha. Não calculei o tempo exato que passei no barco, mas foi algo entre 40 minutos e 1 hora.
Dia 4 – Trilhas e passeios na Isla del Sol
Confesso que passei uma dia inteiro na Isla del Sol só olhando as lhamas, o vaivém dos barcos no Titicaca e comendo trucha. Porque lá só existem dois pratos nos restaurantes caseiros: truta ou frango. Talvez tenha carne de lhama, mas não achei a iguaria. Mas se você tem mais disposição, não faltam opções de trilhas pra fazer na ilha. Pra entender onde caminhar e o que ver, olhe este blog aqui. Também existem passeios de barco até Isla de la Luna, que também não fiz, porque preferi ficar parado olhando o pôr do sol. =D
Dia 5 – Da Isla del Sol para Puno
Acorde cedo, desça a escadaria gigante (Escalera Inca) e pegue o primeiro barco do dia pra Copacabana. De lá, parta de ônibus pra Puno, atravessando a burocrática fronteira entre Bolívia e Peru. Em Puno, que mais parece a China, vá para o seu hotel de táxi-bicicleta ou táxi-motinha (tuk-tuk), que são os transportes mais baratos e divertidos. Andei nos dois e gostei muito, apesar do frio na barriga a cada cruzamento. Coma a deliciosa comida típica do Peru no bons restaurantes da rua Jr.Lima, o centro turístico de Puno. Aliás, recomendo que você escolha seu hotel ou hostel nessa mesma rua. Fiquei no baratíssimo Hotel Monterrey e achei honesto.
Dia 6 – Passeio de barco pelas ilhas do Lago Titicaca
Acorde cedo e vá para o simpático porto de Puno. A região ao redor é muito pobre e caótica, mas chegando perto do lago a estrutura melhora, com uma belo calçadão, onde estão lojas de artesanato e um pequeno lago com pedalinhos. Vá até o deck no Lago Titicaca e compre seu passeio de barco pelas Islas Uros, Isla Taquile e Isla Amanatani. A primeira é uma antiga civilização que vive em ilhas flutuantes, feitas de uma espécie de palha artificial, a totora, muito comum também nas praias do Peru. As outras duas ilhas são antigos redutos da civilização Inca. Existe a opção de dormir em casas de família na Isla Taquile, pra quem busca uma imersão total na cultura.
Dia 7 – De Puno para Cuzco
390 quilômetros separam duas das mais visitadas cidades do Peru. O trajeto de carro leva cerca de 6 horas, mas é mais barato e recomendável ir de ônibus. Existe a opção de ir de “ônibus turístico”, passando por lugares como La Raya, Raqchi e Sicuani, que reservam bonitas vistas da Cordilheira dos Andes e templos Incas, mas nada que se compare à grandiosidade de Cuzco. Se não faz questão dessa viagem que leva 10 horas, pegue um ônibus convencional e embarque para economizar tempo e dinheiro. Outra opção é ir de trem, serpenteando os desfiladeiros históricos enquanto saboreia comidas típicas do Peru e nem sente o tempo passar. Veja mais no site da PeruRail.
A Rodoviária de Cuzco (Terminal de Buses) fica numa região pobre e afastada do centro da cidade. Pegue um táxi até o seu hotel ou hostel. Depois de uma longa viagem, nada melhor que um banho e um pisco sour antes de dormir.
Dia 8 – De Cuzco para Águas Calientes/Machu Picchu
Enfim, Machu Picchu! | Foto de Ken Bosma
112 km separam Cuzco de Aguas Calientes, o vilarejo mais próximo a Machu Picchu. A melhor maneira de chegar até lá é de trem, pela Incarail ou pela PeruRail, que oferece dos vagões mais simples e baratos a opções de luxo. Embarque no primeiro horário e em Aguas Calientes pegue a van que leva até a entrada de Machu Pichu. Antes que eu me esqueça de avisar, é preciso comprar ingresso pra entrar em Machu Picchu. Para não correr o risco de chegar lá e encontrar a atração lotada, compre seu ingresso nesse site do governo peruano.
Dicas de transporte: para entender melhor como funciona o transporte na região e como chegar em Machu Picchu, inclusive com horários de trens, ônibus e outros detalhes importantes, recomendo olhar esse passo-a-passo no blog Sunday Cooks.
Planeje sua viagem: descobri que um site de vendas de ingressos e experiências pelo mundo, agora tem Machu Picchu. Lá tem ingresso para as ruínas, aulas de culinária e vende também a excursão pelas famosas trilhas incas. Entra lá na página peruana do Get Yout Guide e olha o que tem pra vender.
Dia 9 – Curtindo Cuzco
Agora que já viu alguns dos lugares mais bonitos da América do Sul, dê um tempo na correria e aproveite seu último dia de viagem. Em vez de sair em busca de mais ruínas Incas, sugiro uma caminhada por Cuzco, passando pela Plaza de Armas, onde está a imponente Catedral (mais pombos), e lugares como o charmoso bairro de San Blás e o Mercado de San Pedro.
Dia 10 – Tchau, Peru!
Bom voo! Tomara que você tenha conseguido comprar um voo com parada de pelo menos uma noite em Lima, onde estão alguns dos melhores restaurantes da América do Sul, onde poderá saborear todas as delícias da gastronomia peruana.
Resumo do roteiro de 10 dias na Bolívia e no Peru- Dia 1 – Chegada em La Paz | Passeio por Catedral e Mercado de las Brujas
- Dia 2 – Passeio ao pico do Chacaltaya e ao Valle de la Luna
- Dia 3 – Partida de La Paz e chegada na Isla del Sol
- Dia 4 – Trilhas na Isla del Sol
- Dia 5 – Partida da Isla del Sol e chegada em Puno
- Dia 6 – Passeio de barco pelas ilhas do Lago Titicaca
- Dia 7 – Partida de Puno e chegada em Cuzco
- Dia 8 – Passeio em Machu Picchu
- Dia 9 – Passeios urbanos por Cuzco
- Dia 10 – Embarque de volta ao Brasil
Olá
Qual melhor época do ano para fazer esse roteiro?
Oi Simone. A melhor época é entre os meses de maio e setembro. Principalmente devido à presente de Machu Picchu, pois esses são os meses menos chuvosos na região. Mas em abril o clima já começa a melhorar e início de outubro geralmente também é viável.
Primeiramente parabéns, ótimas informações. Falar de Peru é certamente falar de Machu Picchu, um lugar incrível, maravilhoso para desfrutar uma e outra vez, nunca deixa de surpreender especialmente por a paz que ele transmite. Aqui algumas recomendações interessantes :
– Na medida do possível, evitar visitas com grandes grupos de pessoas pois a sensibilidade do lugar que você está visitando vai se perdendo.
– Quem quer olhar uma imagem mais completa deve subir até Huayna Picchu.
– Faça o pernoite em Aguas Calientes pois poderá estar cedo em Machu Picchu e desfrutar do nascer do sol.
O Peru e a Bolivia são os países que mais evidências incas têm. Realmente vale a pena fazer um roteiro por eles, além de ser muito barato para brasileiros.
Adorei o roteiro! Eu e meu marido iremos para o Peru em outubro e queríamos encaixar mais um país na nossa viagem e acho que colocaremos a Bolívia.
Só tenho receio em relação à altitude. O que você sugere para evitar o mal-estar assim que chegar em la paz?
Oi Bruna! A Bolívia é linda. Particularmente, gostei muito mais de lá do que do Peru, além de ser um país mais barato. Eu não senti nada de diferente na altitude, mesmo subindo montanhas acima do nível de La Paz. Mas algumas pessoas podem ter sofrer com o Mal de Altitude ou Soroche. Sobre isso, tem dicas de remédios e precauções aqui: http://altamontanha.com/remedios-e-tudo-sobre-altitude/ . Importante ler, porque no caso de algumas pílulas, é preciso tomar antes da viagem.
Como na época da viagem eu ainda escrevi pouco no blog, tenho poucas dicas de lá. Aqui vai o principal post que fiz: https://www.buenasdicas.com/turismo-bolivia-323/
Olá, boa tarde! Vc poderia me ajudar com as agencias de turismo e transportes contratadas em Copacabana e Puno.
Oi Jacqueline. Em Copacabana, a única coisa que comprei foi o transporte de barco para a Isla del Sol. Na única rua que dá acesso ao lugar de embarque, estão muitas agências que vendem a passagem. Os preços são tabelados e os barcos são os mesmos.
Em Puno, não utilizei agências de turismo. Comprei o passeio para as Islas Uros e Taquile no próprio porto/deque, no fim da Avenida Titicaca. Lá os próprios barqueiros vendem os passeios e tem um quiosque de informações turísticas. E praticamente todos os hotéis tem contato com barcos e informações sobre passeios. Pode resolver isso direto por lá.
Amei o roteiro, me ajudara muito a organizar minha viagem, obrigada !
Que bom que está ajudando! São lugares lindos, realmente vale a pena conhecer. Boa viagem!
Olá !
Sei que nesses países basta irmos com nosso RG (brasileiro) porém, caso eu vá com meu passaporte, entrando na Bolívia e finalizando no Perú, na fronteira entre Bolívia e Perú eles darão baixa na entrada na Bolívia e darão entrada no Perú ?
Olá, Waldir. Não entendi sua pergunta. De qualquer forma, é melhor ir com passaporte, pois isso pode simplificar os papéis de imigração que você terá que preencher.
E se for fazer esse roteiro só com RG, deve ser recente (no máximo 10 anos) e estar em boas condições.
Gostei muito deste roteiro.. Pretendo fazer em 12 a 14 dias por conta da ida de Recife..
Estou pretendendo ir em Setembro por conta da minha agenda de férias.
Fiquei curioso em saber o custo em média deste roteiro.
Desde já, agradeço pelas dicas..
Legal, quando mais tempo, melhor.
Heitor, o custo básico vai depender de três itens principais:
– Preço da passagem de avião: olhei agora em setembro e por enquanto Recife-La Paz ida e volta está saindo R$ 2.300. Mas esse preço pode cair pela metade se pegar uma promoção ou se você comprar trechos alternativos)
– Hospedagem: fiz uma viagem muito econômica, gastando no máximo 40 reais por diária de hotéis e hostels. Nesse ritmo, no roteiro de 10 dias você gastaria menos de R$ 400 com hotéis.
– Comida: no Peru e na Bolívia, não é difícil gastar menos de R$ 20 em uma refeição honesta. Em 10 dias, seria apenas R$ 400 gastos com refeição. Mas também existem bons restaurantes que valem a pena experimentar, então em colocaria um pouco a mais de grana nesse quesito.
Dê uma pesquisada nos preços de passagens de ônibus, principal meio de transporte entre os destinos do roteiro. São trechos curtos e baratos.
Olá! Alguém tem ideia de quanto ter em dinheiro para seguir este roteiro? Obrigada!!
Olá! Finalmente achei o roteiro que eu queria. Eu ja conheço praticamente toda a Bolívia, menos La Paz. Ou seja, queria conhecer La Paz e Machu Pichu dessa vez e sua viagem encaixou perfeitamente. E claro, de bônus, esse outros locais que você passou pelo caminho.
A unica diferença é que eu queria conhecer também as montanhas coloridas em Cusco, você não se interessou em ir la?
Se tu fez tudo em 10 dias, acho que o ideal pra mim seriam 14 dias.
2 dias adicionais é só voando (Fortaleza, muito longe e escalas)
1 dia adicional pras montanhas
1 dia adicional pra voltar de Cusco pra La Paz (quero pegar ida e volta pra la paz, mais barato)
Desde ja obrigado pelo post! Abraço!
Quem bom que gostou, Hérmeson! Nossa, nunca tinha ouvido falar dessas montanhas coloridas. Procurei umas fotos agora e parecem lindas, no mesmo estilo do Cerro de los siete colores em Salta. Já quero conhecer as de Cuzco.
Fiz o roteiro em 10 dias, mas foi corrido em algumas partes. Peguei muito ônibus na madrugada pra economizar tempo e dinheiro com hospedagem. Em 14 dias vai ser muito mais de boa. =D
Boa viagem!
Bacana! Viajar de madruga de bus não é problema, fiz isso várias noites na Bolívia/Chile. Acho até legal!
Obrigado pelas dicas, vou programar a minha pro fim de março!
Outra coisa, andou de trem lá? O que achou? Tem foto?
No Chile é bem mais confortável né. Na Bolívia viajava acordado a noite toda, com medo das estradas se acostamento e do motorista dormir… E o Peru tá mais pro estilo boliviano.
Andei, mas pouco reparei ou fotografei, porque nem tinha a intenção de publicar no blog. As melhor dicas sobre o assunto que já vi na internet estão aqui: https://sundaycooks.com/como-ir-para-machu-picchu/
Tudo bem? Adorei o roteiro e fiquei interessado em fazer no fim de janeiro/começo de fevereiro. O período é viável para essas localidades?
Fala Gustavo, tudo bem! Viável é sim, mas não é considerada a melhor época, tanto em Uyuni quanto em Machu Picchu. Isso porque janeiro é a época que mais chove nessas regiões de Bolívia e Peru, tornando o Salar de Uyuni alagado em alguns pontos, o que pode bloquear algumas rotas para atrativos e lagunas interessantes. Já em Machu Picchu, as chuvas atrapalham muito o caminho de quem vai a pé, pelas famosas trilhas incas.
Já pelo meio do caminho, as chuvas também podem incomodar nos passeios urbanos por La Paz, Puno e na navegação pelo lago Titicaca, necessária para explorar as Islas Uros e a Isla del Sol.
A única vantagem é um Uyuni: com o deserto de sal úmido, ele forma um imenso espelho, muito mais bonito de se ver.
Olá voces podem me indicar regiões na America do sul que o clima em janeiro não atrapalhe a viagem? Me interessei muito por esse roteiro mas a questão das chuvas me desanimou um pouco, agradeço.
Oi Luana. Nesse roteiro, as chuvas atrapalham mesmo é pra quem vai fazer a trilha inca até Machu Picchu. Pra quem vai de trem, a entrada geralmente é possível, exceto quando chove mais que o normal e fecha geral.
Dica 1: fazer o roteiro pela Bolívia e seguir só até Puno. Na época das chuvas o salar de Uyuni fica ainda mais bonito.
Dica 2: janeiro é verão, boa época para conhecer as praias do peru. (Falo das melhores aqui no blog)
Dica 3: vá pra Patagônia. Em janeiro é bom porque está menos frio. Pesquisa sobre Ele Calafate aqui no blog pra ver.
Dica 4: Atacama. Tem dicas aqui no blog também. Janeiro é bem quente e se chover no deserto você verá uma acontecimento raro por lá.
Outra coisa, não menos importante. Boa parte desse roteiro é de ônibus, pelas estradas tenebrosas da Bolívia e do Peru. Muitas sem acostamento, esburacadas e passando por precipícios. Quase sempre em ônibus velhos, dirigidos por motoristas não muito confiáveis… Se já é tenso assim, pense com chuva.
Se puder esperar, recomendo que vá a partir de abril e até setembro. Abraço!
Amigo, fazendo esse seu percurso, tirando a chegada e hospedagem em La Paz, nos outros lugares eu consigo hospedagem sem reservar?
Fala Alexandre! Em todas as cidades, de La Paz ao Peru, eu não reservei nada, o que foi essencial pra conseguir viajar com datas mais flexíveis. Se o hostel era legal e barato, eu ia estendendo a estadia…
Meu mochilão em março e abril, que é média temporada. Eu chegava nas cidades só com meu Lonely Planet South America, onde pegava uma dica de hospedagem e seguia até o endereço. Só na Isla del Sol que eu não tinha nada anotado, mas achei várias pousadas com vaga.
Resumindo, dá pra viajar sem reserva sim, até porque tem muita pousada informal pelo caminho, que nem site tem. Em Puno, por exemplo, tem uma rua inteiro só de hostels e pousadas econômicas.
Lembrando só que podem ocorrer imprevistos, tipo algum evento que está lotando a cidade ou algo do tipo.
Vou compartilhar aqui a pergunta que uma leitora fez pelo Facebook. Pode ser a dúvida de muitas pessoas na hora de planejar esse roteiro por Bolívia e Peru. Usei estimativas atuais de preços na resposta.
Pergunta:
Oiee, tudo bom?
Vi seu post de dez dias Bolivia-PERU e queria saber se você tem idéia de quanto gastou com a viagem toda? Estou programando uma viagem com o roteiro parecido com o seu para Outubro, e como você foi em época de dólar alto é bom para ter uma referência.
Muito obrigada!
Oi Viviane. Depende do seu perfil. Eu fiquei em pousadas simples e hostels honestos (nota acima de 7,5 no booking). A noite mais cara custou cerca de R$ 100 e a mais barata por volta de R$ 30. Na média, gastei R$ 60 por diária, o que deu R$ 600 no total com hospedagem. Tenho um post com dicas de onde ficar em Puno, comentando lugares e hotéis.
Se for comer só em restaurantes (bons, mas sem luxo), se considerar R$ 20 por refeição vai dar e sobrar. O que daria R$ 400 no total. Mas se comprar um mercados e fazer no hostel, por exemplo, pode gastar bem menos.
Até aqui, gasto de 1 mil reais considerando comida e bebida pelos 10 dias.
Somando ainda gastos com cerveja, táxi, ônibus e passeios, não gastei mais de R$ 700. Passagem de avião está na faixa de R$ 1500.
Resumindo, um total de R$ 3200. Mas sempre é bom considerar custos surpresa e de preparação, como seguro viagem, mala extraviada, remédios, roupas de frio… Com 3.000 você faz esse viagem, mas com 4.000 faz ela ficar bem melhor.
Vou publicar seu comentário e a resposta lá no post do roteiro, pra ajudar outras pessoas. E boa viagem!