Roteiro para 3 dias em Lisboa, com passeios em Belém e Sintra

Considero que 3 dias inteiros é o tempo mínimo possível para ficar em Lisboa. Menos do que isso, vira uma correria horrorosa. Os dias de chegada e partida costumam ser perdidos. Naquele tempinho extra que sobrar, aproveite para conhecer lugares menos comuns (também vou indicar alguns).

Esse roteiro de 3 dias em Lisboa é exatamente o que eu recomendo para praticamente todo mundo que vai a primeira vez à capital portuguesa. Inclui a clássica caminhada pelos bairros centrais, o dia obrigatório em Belém e o terceiro dia que pode ser de bate e volta a um destino próximo ou para se aprofundar onde mais gostou.

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O que visitar num roteiro de 3 dias em Lisboa

Cada um tem suas preferências. Mas se pensarmos apenas nos principais pontos turísticos de Lisboa e nos passeios imperdíveis num primeira viagem, é possível juntar tudo num roteiro bem enxuto.

Como sei disso?

São exatamente os passeios que fiz nos meus primeiros dias em Lisboa. Cometi alguns erros, e aqui já apresento meu roteiro corrigido. Melhorado para você.

Então, bora lá ver o que fazer em Lisboa em três dias inteiros. No cansativo dia do desembarque e no corrido dia de ir embora, aproveite para conhecer lugares próximos ao seu hotel, sem obrigações.

Quer saber quanto gastar nesse roteiro? Veja também os preços de atrações e passeios em Lisboa e organize seu orçamento.

1. Primeiro dia de roteiro em Lisboa – Atrações no Centro

É fácil entender Lisboa. O centro da cidade é a região mais turística de todas, especialmente o bairro da Baixa. É na Baixa que estão alguns dos pontos turísticos mais famosos. Você pode fazer tudo no seu tempo e na sua ordem.

Para otimizar seu tempo, sugiro fazer um Free Tour em Lisboa, uma caminhada com guia turístico, que é grátis para reservar, e você paga, no final do passeio, o valor que achar justo. Se for por conta própria, sugiro conhecer as atrações do Centro de Lisboa na ordem a seguir.

Praça do Comércio: comece seu dia no lugar mais emblemático de Lisboa. À beira do Rio Tejo, a Praça do Comércio é a maior praça da Europa Ocidental. Foi construída após o terremoto de 1755, no local onde ficava o Palácio Real, onde por dois séculos viveram os reis de Portugal. Além de importante, a praça é linda e fotogênica, emoldurada por edifícios amarelos e pelo rio, com a Ponte 25 de abril ao fundo.

Arco da Rua Augusta: como uma grande porta para o centro de Lisboa, esse arco triunfal foi inaugurado em 1875, emoldurando a Praça do Comércio. Pouca gente sabe que é possível subir ao topo do arco, onde tem um belo mirante para a praça e para a Rua Augusta.

Café-Restaurante Martinho da Arcada: antes de subir para a Rua Augusta, passe nesse café histórico de Lisboa, que foi inaugurado pelo Marquês de Pombal e teve entre seus clientes o poeta Fernando Pessoa.

Rua Augusta: quer maconha? Sempre que piso na Rua Augusta, vem alguém me oferecer a erva e outros entorpecentes. Ela é o epicentro do turismo em Lisboa, com seus males e benefícios. Tem apenas 400 metros de extensão, mas concentra o maior número de cafés, padarias e restaurantes por metros quadrado. Muitos desses lugares são do tipo pega-turista, ou seja, caros e ruins. Caro, mas bom, tem a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, especializada nessa que é uma das melhores comidas típicas de Portugal. Vale a pena provar.

Elevador de Santa Justa: as ruas paralelas à Rua Augusta são uma espécie de continuação dela, turísticas e lotadas. Uma das principais atrações da região é o Elevador de Santa Justa, que foi construído no início do século passado para ligar a Baixa à parte mais elevada do Chiado. Metálico e em estilo neogótico, faz sucesso com arquitetos. Para subir pelo elevador, paga-se 5 Euros. Ou você pode economizar e depois passar por lá quando estiver passeando pelo Chiado.

A Ginginha: continue a caminhada Lisboa acima e chegue à Praça do Rossio. Essa região também é lotada de turistas e concentra muitos hotéis. Ali ao lado, no Largo de São Domingos, está o histórico bar A Ginginha, que desde 1840 comercializa ginginha, bebida típica de Portugal. Se não conhece e quer dar um grau para seguir o roteiro, vale a pena experimentar.

Avenida da Liberdade: passe pelo Monumento aos Restauradores (que celebra a “restauração” da independência portuguesa com o fim da União Ibérica) e faça a maior caminhada do dia ao longo da mais importante avenida de Lisboa. Ela é toda arborizada, rodeada de prédios históricos, hoje ocupados por embaixadas e hotéis de luxo. Se estiver cansado de andar, pode pegar um patinete elétrico pelo caminho.

Marquês de Pombal: a avenida termina nessa pequena praça, que funciona mais como rotatória para o trânsito. Não é exatamente um ponto turístico, e sim uma referência importante para localização em Lisboa e também para o transporte, já que ali fica uma estação de metrô que conecta as linhas azul e amarela.  Sobre o tal Marquês, ele foi um nobre e secretário de estado do Rei, sendo marcado por liderar a renovação arquitetônica de Lisboa após o terremoto.

Parque Eduardo VII – Um mirante imperdível em Lisboa

Sabe quando a vista compensa toda a caminhada? Além de um belo e grandioso jardim, o Parque Eduardo VII tem localização privilegiada. Do seu “miradouro” dá pra ver todo o centro histórico de Lisboa, até a Praça do Comércio e o Rio Tejo. Por isso deixe para o final do roteiro pelo Centro. Pois é mais interessante ir a um mirante quando já se conhece o que a vista alcança. Opinião pessoal, claro. Se prefere suar menos, pode fazer o roteiro todo ao contrário.

Essa caminhada toda percorre mais ou menos 3 km de distância. Sem parar, são apenas 40 minutos. Mas como a ideia é não ter pressa, entrar onde puder, se perder um pouco nas ruas paralelas e ainda sentar e comer (depois tem dicas) pelo caminho, considere levar umas 6 horas no total. Se encerrar perto do pôr-do-sol, a vista do mirante será um espetáculo à parte.

À noite, já que o foco é a região central, recomendo ir ao Bairro Alto, o principal reduto boêmio de Lisboa. No alto da colina, lá não tem metrô. A caminhada ladeira acima, embora sofrida, é cênica, seja passando pelo comercial bairro do Chiado ou pelas belas escadarias a partir do Cais do Sodré. Dependendo de onde estiver, pode unir o útil ou agradável, subindo pelo Elevador da Bica, funicular que cruza uma das ruas mais íngremes de Lisboa.

Ja no Bairro Alto, escolha uma tasca para jantar e depois beberique na Tasca do Chico, uma das mais tradicionais casas de fado de Lisboa. Quase sempre lotada, por lá é normal dividir mesa e banco com estranhos, geralmente mais estrangeiros do que a gente.

1. Segundo dia de roteiro em Lisboa – Passeio em Belém

Acorde cedo e pegue o trem no Cais do Sodré para Belém. São apenas 7 minutos de viagem e parece que chegamos  num outro mundo. Belém já foi uma cidade, berço das grandes navegações, mas hoje é uma espécie de bairro de Lisboa, tão turística quanto o centro da cidade, embora com uma pegada mais cultural.

Não tem ordem certa para explorar os pontos turísticos de Belém. Mas, para andar menos no sol forte (se for o caso do dia) e agradar o paladar, recomendo fazer esse segundo dia de roteiro na seguinte ordem:

MAAT: um dos poucos museus de Lisboa que agrada até quem não gosta de museu. Evite a monótona galeria de arte contemporânea e vá direto para o prédio onde funcionada a Central Termoelétrica. Depois de exposições de brinquedos, jogos eletrônicos, robôs com inteligência artificial e fornos da antiga usina, divirta-se nos brinquedos com eletricidade. A entrada apenas nessa parte do museu custa 5 Euros.

Padrão dos Descobrimentos: a cerca de 1 km de distância do MAAT, passando pelas Docas de Belém, está esse famoso monumento em homenagem às descobertas marítimas portuguesas. Foi erguido em 1960 e recebe mostrar culturais em seu interior. E também tem um mirante, a 56 metros de altura, de onde se tem uma bela vista do Rio Tejo. O valor do ingresso é 4 euros.

Torre de Belém: com mais 10 minutos de caminhada no calçadão da orla do Rio Tejo, chegamos à Torre de Belém. Em pé desde 1520, essa antiga fortificação militar se tornou um dos pontos turísticos mais visitados de Lisboa, recebendo mais de 500 mil pagantes por ano, fora os milhões que apenas passar e fotografam. Para acessar o Museu Nacional de Arqueologia e o mirante no terraço da torre, o preço do ingresso é 10 Euros.

Pastéis de Belém: a essa altura fome já deve estar batendo. Então atravesse a avenida (tem uma passagem subterrânea) e caminhe cerca de 1 km até a histórica “lanchonete” Pastéis de Belém. Funciona até hoje no mesmo local aberto pelos monges em 1837. Somente aqui os pastéis de nata podem ser chamados Pastéis de Belém. A fama do lugar já chegou literalmente à China, então costuma ter fila.

Mosteiro dos Jerónimos – Principal atração em Belém

Essa verdadeira obra de arte da arquitetura começou a ser construída em 1502. À medida que Portugal conquistava novas colônias mar afora, o mosteiro foi se agigantando. E em 1983, entrou para a lista do Patrimônio da Unesco em Portugal.

O complexo do Mosteiro dos Jerónimos é tão grande que poderia ser chamado de Resort Cristão. Lá dentro estão confessionários, biblioteca, igreja, refeitórios e salões em estilo manuelino, repletos de arte sacra.

  • Bilhete de entrada: a partir de 10 euros
  • Bilhete incluindo Mosteiro e Torre de Belém: 12 euros

Essa caminhada toda em Belém percorre cerca de 4 km. É praticamente circular, então você pode optar por fazer o caminho oposto, começando na Pastéis de Belém e terminando no MAAT. O tempo em cada lugar é que vai definir a duração do percurso. Mas considere que vá gastar no mínimo 5 horas nesse roteiro e que ele é bem cansativo.

Depois, se tiver pique e ainda for dia, você pode esticar até Cascais, que fica a apenas 30 minutos de distância de Belém, indo pela mesma linha de trem. Em Cascais, conheça as praias que eram frequentadas pela Família Real Portuguesa, todas coladas ao centro histórico, onde fica a estação de trem. E vá caminhando até a Boca do Inferno, falésia conhecida pela força das ondas. Jantar no centrinho de Cascais é uma boa pedida para essa noite.

3. Terceiro dia de roteiro em Lisboa – Experiências em Sintra ou Trafaria

No último ato desse roteiro de 3 dias em Lisboa, você já conhece um pouco melhor a cidade e provavelmente já tem suas preferências. E criou novos desejos. Então vou dar duas opções.

Você decide o que fazer nesse último dia inteiro de roteiro pelos arredores de Lisboa:

Opção famosa: a beleza arquitetônica de Sintra

Se gosta de arquitetura, palácios e histórias de guerras e fofocas dos tempos do império, vá para Sintra. A cidade, a cerca de 1 hora de Lisboa de trem, é cercada por colinas e tem alguns dos edifícios mais impressionantes de Portugal. Dois deles estão praticamente lado a lado: o multicolorido e instagramável Palácio da Pena e o medieval Castelo dos Mouros. Mais amado do que eles, só a Quinta da Regaleira, palácio em arquitetura romântica, inaugurado em 1910 e repleto de jardins.

Opção criativa: uma pedalada cultural em Trafaria

Se gosta de atividades atividade física e o clima permitir, vá fazer um passeio de bicicleta elétrica na Costa Caparica. Basta atravessar o Rio Tejo de balsa até Trafaria. Lá na estação fluvial começa o passeio guiado da Varina, pequena empresa local que leva os turistas até o topo da colina, com vista para o mar, e depois percorre as vilas piscatórias (de pescadores) ainda genuínas, num contato direto com as tradições portuguesas. Depois do passeio, aproveite que tem ótimos restaurantes no calçadão de Trafaria, onde se come melhor e se gasta menos do que em Lisboa.

Independente da sua escolha, vai fechar com chave de ouro esse roteiro de 3 dias em Lisboa. No fim da tarde, recomendo visitar algum mirante em Lisboa. Os melhores estão no bairro da Alfama, como no Castelo de São Jorge ou no Portas do Sol. Aproveite a melhor luz do dia para tirar lindas fotos na sua despedida de Lisboa.


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Aproveite que você está num blog especialista em viagem a Portugal. Além desse roteiro em Lisboa, aqui você encontra muitas outras dicas para planejar sua viagem a Portugal. Veja também:

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